A Huawei anunciou neste domingo (30) ter ativado um procedimento de arbitragem contra a Suécia junto ao Grupo do Banco Mundial, após a proibição à gigante chinesa de telecomunicações de vender seus produtos 5G no país nórdico.

“A decisão das autoridades suecas de discriminar a Huawei e excluí-la do lançamento da 5G prejudicou gravemente os investimentos da Huawei na Suécia, em violação aos compromissos internacionais da Suécia”, informou a empresa chinesa em um comunicado.

Por isso, a companhia “iniciou procedimentos de arbitragem (…) contra o reino da Suécia” no Centro Internacional de Acerto de Diferenças relativas a Investimentos (CIADI), que faz parte do Grupo do Banco Mundial.

A Huawei não revelou o montante das perdas e danos reclamado. Segundo a TV pública SVI, a quantia exigida inicialmente era de 5,2 bilhões de coroas suecas (550 milhões de dólares), mas o valor poderia ser muito maior.

Depois do Reino Unido em meados de 2020, a Suécia se tornou o segundo país europeu a proibir de forma específica às operadoras de telefonia usar material da Huawei na implantação da rede 5G no país.

Após um recurso da Huawei, um tribunal sueco confirmou em junho de 2021 a decisão da Autoridade Sueca de Telecomunicações (PTS).

A medida azedou as relações entre a Suécia e a China. Pequim alertou, então, que a decisão do PTS poderia ter “consequências” para as empresas suecas implantadas no gigante asiático, o que despertou temores de represálias contra a companhia sueca de telecomunicações Ericsson, concorrente da Huawei.