O Ibama suspendeu a análise da licença de exploração da Petrobras para a 4ª etapa do pré-sal na Bacia de Santos, um projeto de R$ 196 bilhões. O motivo dado pelos técnicos: a ausência de um programa específico contra mudanças climáticas no pedido de licenciamento.

A decisão, tomada no início de julho, deve atrasar a instalação de 10 plataformas de produção a pelo menos 178 km da costa de São Paulo e Rio de Janeiro. Esta é a primeira vez que o Ibama exige compromissos climáticos tão detalhados de uma petroleira. O órgão solicitou um plano com metas claras em cinco áreas: transparência, monitoramento, mitigação, compensação e adaptação.

A decisão marca um novo patamar de exigência ambiental para grandes projetos de exploração de petróleo no Brasil. O órgão, subordinado à Ministra Marina Silva, sinaliza que não basta mais apresentar medidas paliativas; agora é preciso mostrar compromissos verificáveis de redução de emissões.

Depois que o Ibama comunicou a suspensão da análise, a Petrobras enviou ao órgão informações sobre iniciativas já implementadas, como a reinjeção de gás nos poços e redução da queima de combustível. Para o Ibama, no entanto, as ações não atendem às novas exigências.

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