A economia brasileira encolheu 0,41% na passagem de junho para julho, na série com ajuste sazonal do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). A retração foi menor do que a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de queda de 0,50%, com estimativas que iam de -1,70% a 0,40%.

O BC revisou marginalmente os resultados dos meses anteriores, também na série com ajuste. A alta do IBC-Br de junho passou de 1,37% para 1,36%, enquanto o resultado de maio caiu de 0,41% para 0,36% e o de abril avançou de 0,32% para 0,38%. Mudanças nos resultados com ajuste sazonal são comuns.

Na série sem ajuste sazonal, o IBC-Br cresceu 5,35%, mais do que indicava a mediana do mercado, de 4,50%. Em pontos, o índice passou de 150,3 para 158,5 e atingiu o maior nível da série histórica, empatado com março de 2023, também com 158,5 pontos.

O IBC-Br é conhecido como uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mas serve mais precisamente para observar o ritmo da atividade econômica ao longo dos meses.

Até o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o BC previa alta de 2,3% para o PIB de 2024. O governo estima um crescimento de 2,5%, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já adiantou que a estimativa será revisada para 3% ou mais. A pasta divulga hoje uma nova grade de parâmetros macroeconômicos.