A parcela de lares em imóveis de aluguel no total de moradias no Brasil subiu de 18% para 23% em oito anos. As informações da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (PNAD) do IBGE apontam também que o total de domicílios em em imóveis próprios e já pagos caiu de 66,8% em 2027 para 61,6% em 2024. 

O número de domicílios alugados passou de 12,3 milhões, em 2016, para 17,8 milhões em 2024, um aumento de 45,4%. 

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De acordo com a pesquisa, o número dos chamados domicílios particulares permanentes no país em 2024 foi estimado em 77,3 milhões, este valor foi 1,7% maior que em 2023 e 15,9% maior que em 2016.

A Região Sudeste concentra 33,3 milhões de domicílios, o equivalente a 43,1% do total. Na Região Nordeste estão 26,3% (20,3 milhões) e na Sul 15,1% (11,7 milhões). As duas Regiões com menores quantidades de domicílios foram a Centro-Oeste, com 6,2 milhões, ou 8,0%, e a Norte, com 5,9 milhões, que equivalem a 7,6% do total de domicílios brasileiros.

 

Divulgação/IBGE (Crédito:Divulgação/IBGE)

“Essa redução de 5,2 pontos percentuais ao longo dos anos em domicílios próprios, combinada ao aumento de domicílios alugados, indica uma concentração de riqueza nesse período. Se não se criam oportunidades para a população adquirir o seu imóvel, as pessoas precisam partir para o aluguel. Ao passo que temos também na economia um processo muito longo de inflação e salário reduzidos, o que cria mais dificuldades para as pessoas alavancarem seu patrimônio”, afirma o analista da pesquisa, William Kratochwill. 

Número de apartamentos cresceu 29,8%

Ao classificar os domicílios em casa, apartamento ou habitação em casa de cômodos, cortiço ou cabeça de porco, observou-se o predomínio de casas, que corresponderam a 84,5% (65,3 milhões) do total de unidades domiciliares, ao passo que os apartamentos totalizavam 15,3% (11,8 milhões). Entre 2016 e 2024, o número de apartamentos cresceu 29,8%, enquanto o de casas cresceu 13,8%.

Mais lares com só 1 morador

A proporção de unidades domésticas unipessoais, ou seja, compostas apenas por um morador, teve crescimento, passando de 12,2% em 2012 para 18,6% em 2024.

Acesso a rede de esgoto

Em 2024, 98,3% dos domicílios do país possuíam banheiro de uso exclusivo, e, em 70,4%, o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral

Em áreas urbanas, 99,5% dos domicílios dispunham de banheiro de uso exclusivo e 78,1%, acesso à rede geral de esgotos, ao passo que, entre os domicílios em situação rural, 89,1% possuíam banheiro de uso exclusivo, e, em 9,4%, o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral.