O setor de serviços registrou alta de 0,1% em agosto, na comparação com julho. Apesar de mostrar perda de força em relação aos meses anteriores, o resultado foi o sétimo positivo seguido, período em que acumulou crescimento de 2,6%.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira, 14, pelo IBGE. Em junho e julho, os avanços tinham sido de 0,5% e 0,2%, respectivamente.

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Frente a agosto de 2024, o setor de serviços, que possui o maior peso do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 2,5%, somando 17 taxas positivas consecutivas. O acumulado no ano foi de 2,6%. Em 12 meses, houve alta de 3,1%, marcando uma ligeira aceleração do ritmo de crescimento frente ao acumulado até julho (3%).

“Com isso, o setor está 18,7% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e renova, neste mês, o ápice da sua série histórica”, destacou o IBGE.

Quatro das cinco atividades monitoradas tiveram alta em agosto, com destaque para os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%), que emplacaram o quarto resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 2,0%. Os demais avanços vieram de transportes (0,2%); serviços prestados às famílias (1,0%); e outros serviços (0,6%).  Já informação e comunicação (-0,5%) exerceu a única retração.

O índice de atividades turísticas cresceu 0,8% em agosto, frente ao mês imediatamente anterior, após três resultados negativos seguidos, período em que acumulou perda de 2,1%.

O setor de serviços vem mostrando resiliência neste ano apesar da política monetária contracionista, com a taxa básica de juros Selic em 15%, ajudado pelo mercado de trabalho aquecido e medidas de estímulo à demanda.

A expectativa, no entanto, é de desaceleração da economia brasileira em 2025. A projeção do mercado financeiro para o PIB é crescimento de 2,16% em 2025 e de 1,80% em 2026, segundo o último boletim Focus.