21/05/2025 - 11:53
O novo recorde do Ibovespa — que fechou pela primeira vez acima dos 140 mil pontos na terça-feira, 20, — recebeu grande impulso da “valorização de ações ligadas à economia doméstica”, aponta levantamento da Elos Ayta.
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Segundo a consultoria, 11 ações listadas no principal índice acionário brasileiro atingiram seus valores máximos entre os dias 19 e 20 de maio de 2025. Veja quais foram:
Empresa | Ação | Valor na máxima histórica | Data da máxima | Retorno (%) em 12 meses | Retorno (%) em 2025 |
Cyrela | CYRE3 | R$ 26,75 | 20/05 | 36,26 | 34,71 |
Totvs | TOTS3 | R$ 42,09 | 19/05 | 47,02 | 56,92 |
Direcional | DIRR3 | R$ 38,75 | 20/05 | 68,05 | 52,99 |
Itaú Unibanco | ITUB4 | R$ 38,35 | 19/05 | 37,45 | 44,05 |
Copel | CPLE6 | R$ 12,54 | 20/05 | 42,97 | 42,4 |
Porto Seguro | PSSA3 | R$ 49,90 | 20/05 | 69,65 | 41,72 |
CPFL Energia | CPFE3 | R$ 40,88 | 20/05 | 29,11 | 39,37 |
Sabesp | SBSP3 | R$ 119,32 | 20/05 | 58,49 | 39,35 |
Itaúsa | ITSA4 | R$ 11,36 | 20/05 | 28,99 | 38,24 |
Taesa | TAEE11 | R$ 35,87 | 20/05 | 9,51 | 13,63 |
Santos Brasil | STBP3 | R$ 13,63 | 20/05 | 38,63 | 5,97 |
Destaques do Ibovespa
Na análise dos setores das empresas, a Elos Ayta ressalta a presença do segmento imobiliário: a Cyrela e a Direcional. Ao observar as ações do IDIV (índice que reúne ações com os maiores pagamentos de dividendos) que bateram recordes nestas datas, há ainda outras duas incorporadoras: Plano&Plano (PLPL3) e Lavvi (LAVV3), com valores de R$ 14,89 e R$ 11,45 respectivamente.
O motivo apontado para a alta do setor é a projeção de cortes da taxa básica de juros, a Selic, a partir do segundo semestre. “O setor, sensível ao crédito, tende a reagir de forma antecipada a mudanças nas condições monetárias”, diz a consultoria.
Outro destaque é a presença do setor de energia elétrica, representado pela Copel e pela CPFL Energia. A consultoria aponta como o segmento historicamente é um dos “queridinhos” dos investidores devido ao seu potencial para pagamento de dividendos.
Segundo a Elos Ayta, a ligação dos papéis com a economia doméstica “reforça a tese de que há confiança no ambiente macroeconômico local”.
“E ainda há espaço para mais. A depender do ritmo de cortes de juros, da inflação controlada e da estabilidade fiscal — esta última ainda um ponto de atenção —, o segundo semestre pode trazer novos recordes”, conclui o estudo.