O Ibovespa tinha queda nesta sexta-feira, 7, pressionada principalmente pelo recuo das ações da Vale, com agentes financeiros repercutindo uma bateria de resultados corporativos, incluindo os números da Petrobras.

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Às 12h45, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,31%, a 152.850,81 pontos. O volume financeiro nesta sexta-feira somava R$ 5,13 bilhões.

A queda do Ibovespa tinha como pano de fundo o recuo dos futuros acionários nos Estados Unidos, bem como o declínio nas bolsas na Europa e Ásia nesta sexta-feira, além da alta nos rendimentos dos Treasuries.

Apesar do ajuste negativo no dia, o estrategista de renda variável Marco Ribeiro Noernberg, sócio na Manchester Investimentos, avalia que o Ibovespa pode ultrapassar 160 mil pontos até o fim do ano.

Noernberg afirmou que se a bolsa continuar vendo bons balanços trimestrais de empresas, um fluxo estrangeiro contínuo, e, eventualmente, uma queda da taxa Selic mais rápida do que está precificado na curva de juros, o Ibovespa pode chegar a 160 mil pontos “ou até mais”.

O estrategista lembrou que no fim do ano passado, a bolsa “patinava em torno dos 120 mil pontos” e havia projeção no mercado de que havia fôlego para atingir os 150 mil até o fim de 2025, mas a marca foi atingida quase dois meses antes.

DESTAQUES

– VALE ON recuava 2,14%, enfraquecida pelo declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian caiu 1,87%, para 760,5 iuans (US$106,77) a tonelada. Na semana, o contrato acumulou queda de 3,95%.

– PETROBRAS PN cedia 0,19%, tendo no radar o balanço do terceiro trimestre com lucro de US$6,03 bilhões, alta de 2,7% ano a ano, apesar da queda do preço do petróleo no período, após a companhia registrar um recorde de exportações com o avanço da produção do pré-sal. A estatal aprovou o pagamento de R$12,16 bilhões em dividendos aos acionistas.

– PETRORECONCAVO ON perdia 5,11%, após reportar lucro líquido de R$122 milhões no terceiro trimestre, queda de 23% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A petrolífera também divulgou produção 24.882 barris equivalentes por dia em outubro. No setor, PRIO ON subia 0,49% e BRAVA ENERGIA ON tinha ganho de 0,63%.

– COGNA ON caía 4,3%, mesmo após reportar lucro líquido, revertendo prejuízo do mesmo período do ano passado, em resultado marcado por expansão de receitas e queda no endividamento, mas com aumento em provisões.

– LOJAS RENNER ON caía 1,85%, após balanço do terceiro trimestre. No setor, C&A MODAS ON avançava 4,88%.

– SLC AGRÍCOLA ON <SLCE3.SA> avançava 4,41%, após a produtora de grãos e oleaginosas do Brasil anunciar acordos de associação com fundos do BTG Pactual. A companhia também reportou na véspera prejuízo no terceiro trimestre.

– EMBRAER ON mostrava elevação de 0,55%, após o conselho de administração da fabricante de aviões aprovar juros sobre capital próprio.

– FLEURY ON valorizava-se 3,8%, após o balanço mostrar crescimento nas receitas no terceiro trimestre, beneficiado, entre outros fatores, por aquisições.

– MAGAZINE LUIZA ON subia 2,1%, após divulgar lucro líquido ajustado para o terceiro trimestre, revertendo o prejuízo registrado no segundo trimestre.

– ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,62%, em dia mais fraco para bancos, com BRADESCO PN perdendo 1%, BANCO DO BRASIL ON recuando 0,4% e SANTANDER BRASIL UNIT caindo 0,6%.