09/08/2024 - 11:35
O Ibovespa avançava nesta sexta-feira, com uma nova bateria de resultados ocupando as atenções, entre eles os números de Lojas Renner, que fizeram as ações da empresa dispararem, mas o movimento era atenuado pela queda de Petrobras, que registrou o primeiro prejuízo em quase quatro anos e reduziu previsão de investimentos em 2024.
Por volta de 11:05, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,4%, a 129.175,91 pontos. O volume financeiro somava 5,4 bilhões de reais.
Investidores no mercado brasileiro também repercutiam a inflação ao consumidor, que acelerou no país em julho, mas dentro do esperado. O IPCA subiu 0,38% no mês passado, maior taxa desde fevereiro, acumulando em 12 meses alta de 4,50%, no teto da meta de inflação do Banco Central.
O IPCA “indica uma pressão inflacionária que não pode ser ignorada, especialmente em setores que impactam diretamente o dia a dia dos consumidores”, destacou o CEO da gestora Multiplike, Volnei Eyng, acrescentando que o dado reforça a necessidade de monitoramento contínuo pelo Banco Central.
“A expectativa é que o Banco Central mantenha uma postura cautelosa, considerando o cenário de pressão inflacionária para decidir sobre possíveis ajustes na taxa Selic até o final do ano”, acrescentou.
No exterior, os pregões em Wall Street mostravam variações modestas, com o S&P 500 praticamente estável.
DESTAQUES
– PETROBRAS PN recuava 1,9% após prejuízo líquido de 2,6 bilhões de reais no segundo trimestre, configurando seu primeiro resultado negativo desde o terceiro trimestre de 2020. A estatal cortou projeção de investimentos para 2024 e aprovou 13,57 bilhões de reais em remuneração a acionistas.
– VIVARA ON valorizava-se 5,52%, tendo no radar resultado do segundo trimestre com lucro líquido de 210,96 milhões de reais, quase o dobro do montante registrado um ano antes e maior do que projeções no mercado.
– CYRELA ON subia 4,46%, após a construtora divulgar avanço de 47% no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao reportado no mesmo período do ano passado, para 412 milhões de reais, acima das previsões de analistas.
– LOJAS RENNER ON avançava 4,07%, chegando a uma máxima intradia em três meses no melhor momento, reagindo ao balanço da varejista, com lucro líquido de 315 milhões de reais no segundo trimestre, que superou previsões de analistas.
– B3 ON subia 2,64%, um dia após reportar Ebitda recorrente de 1,77 bilhão de reais, crescimento de 8,4% ano a ano, mas com a margem passando de 73,6% para 73,3%. A companhia ampliou programa de recompra em 110 milhões de ações.
– SUZANO ON avançava 2,18%, mesmo após prejuízo líquido de 3,77 bilhões de reais entre abril e o final de junho, acima do resultado negativo esperado pelo mercado, enquanto anunciou programa de recompra de até 40 milhões de ações.
– YDUQS ON recuava 6,82%, após divulgar uma queda de 22,5% no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao apurado no mesmo período do ano passado, para 24,8 milhões de reais. Excluindo efeitos não recorrentes, o lucro subiu 9,1%.
– ASSAÍ ON perdia 3,16%, enquanto agentes analisavam o balanço do segundo trimestre, que mostrou queda de 21,2% no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para 123 milhões de reais.
– ALPARGATAS PN cedia 4,35% , mesmo após divulgar lucro líquido de 23,4 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo apurado um ano antes.
– VALE ON tinha variação negativa de 0,09%, mesmo com a alta no minério de ferro na Ásia, onde o contrato mais negociado em Dalian, na China, fechou com acréscimo de 0,27%, enquanto o vencimento de referência em Cingapura subia 1,61%.
– BANCO DO BRASIL ON valorizava-se 1,15%, recuperando-se de perdas da véspera, com o setor como um todo no azul. ITAÚ UNIBANCO PN subia 1,07%, BRADESCO PN avançava 0,7% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhava 0,88%