05/09/2025 - 17:14
O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, renovando máximas históricas, embora não tenha conseguido sustentar o patamar dos 143 mil pontos registrado no melhor momento, após dados dos Estados Unidos reforçarem as apostas de queda nos juros ainda em setembro na maior economia do mundo.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 1,2%, a 142.691,02 pontos, de acordo com dados preliminares, chegando a marcar 143.408,64 pontos na máxima do dia. Na mínima, registrou 141.003,45 pontos. Com tal desempenho, encerrou a semana com acréscimo de 0,9%.
O volume financeiro somava R$19,65 bilhões antes dos ajustes finais, de uma média diária de R$23,8 bilhões no ano.
Já o dólar emplacou nesta sexta-feira a terceira sessão consecutiva de queda ante o real, após dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçarem as apostas no corte de juros pelo Federal Reserve neste mês.
A moeda norte-americana à vista fechou a sessão com queda de 0,61%, aos R$5,4139, acumulando baixa de 1,11% nos últimos três dias. Na semana a divisa dos EUA recuou 0,15% e, no acumulado do ano, 12,38%.
Às 17h04 na B3 o dólar para outubro – atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,68%, aos R$5,4440.
“A criação de apenas 22 mil vagas em agosto, contra expectativa de 76 mil, reforçou a percepção de desaceleração da economia norte-americana e impulsionou apostas de que o Federal Reserve cortará juros em todas as reuniões restantes deste ano, acumulando 75 pontos-base até dezembro. No mercado acionário, o impacto não foi linear: em Nova York, o temor de que a fraqueza do Payroll antecipe um ciclo mais profundo de desaceleração levou a perdas nos índices de ações dos EUA. No Brasil, o movimento foi inverso, com o Ibovespa renovando máximas históricas diante da combinação de queda dos DIs por conta da queda das treasuries, com o mercado antecipando o início do ciclo de quedas de juros que historicamente favorece as ações brasileiras”, apontouBruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Com informações da Reuters