30/09/2025 - 13:29
O Ibovespa renovou máxima histórica nesta terça-feira, 30, tendo bancos entre os principais suportes, mas perdeu o fôlego e mostrava oscilações modestas, com Petrobras entre as maiores pressões negativas, em meio ao declínio do petróleo no exterior.
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Por volta de 13h27, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, operava no negativo, com queda de 0,26%, a 145.955,99 pontos, após marcar 147.578,39 pontos no melhor momento, novo topo intradia. Na mínima, chegou a 146.277,54 pontos. O volume financeiro somava R$ 5,5 bilhões.
“O Ibovespa avançou na primeira sessão da semana, mas manteve-se contido na região de resistência em torno dos 147.150 pontos, reforçando a ausência de gatilhos no curto prazo”, afirmou a Ágora Investimentos em relatório a clientes.
“Do lado oposto, a principal referência de suporte segue nos 144.100 pontos”, acrescentou.
Dólar opera na estabilidade
Já o dólar oscilava perto da estabilidade ante o real nesta terça-feira em meio à disputa pela formação da Ptax de fim de mês, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentava perdas ante a maior parte das demais divisas, com o mercado reagindo à possibilidade de paralisação de parte do governo dos EUA a partir de quarta-feira, 1.
Às 13h34, o dólar à vista tinha leve baixa de 0,04%, aos R$ 5,325 na venda. Veja cotações.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,16%, a R$ 5,3125.
Calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
Até que a taxa seja definida, é de se esperar maior volatilidade nesta terça-feira perto das janelas de coleta do BC — às 10h, 11h, 12h e 13h.
No exterior, investidores se mantêm atentos às negociações sobre o Orçamento dos EUA. O Senado, controlado pelos republicanos, deve votar um projeto de lei de gastos temporários que não foi aprovado em uma tentativa anterior, sem nenhum sinal de que uma segunda votação terá sucesso.
Em meio ao impasse, o dólar é pressionado pelo segundo dia consecutivo. Às 10h, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — cedia 0,06%, a 97,857. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía 0,42% ante o iene.
Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,35% no Brasil, aos R$ 5,3197.
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego ficou em 5,6% nos três meses até agosto, em linha com o projetado por economistas ouvidos pela Reuters.
Destaques Ibovespa
– PETROBRAS PN cedia 1,23%, enfraquecida pelo declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent perdia 1,24%.
– ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,64%, em sessão positiva no setor, com BRADESCO PN em alta de 1,15% e SANTANDER BRASIL UNIT com acréscimo de 0,82%. BANCO DO BRASIL ON apurava acréscimo de 0,05%.
– VALE ON tinha elevação de 0,44%, mesmo com o recuo dos preços futuros do minério de ferro na China. A Bloomberg também noticiou que a China suspendeu cargas de minério de ferro da BHP em negociações de preços. No setor, CSN MINERAÇÃO ON subia 0,91%.
– GPA ON desabava 6,42%, tendo como pano de fundo relatório do Citi cortando a recomendação dos papéis para venda, avaliando que permanecem desafios significativos, especialmente em relação ao passivo fiscal expressivo da companhia. Até a véspera, a ação subia 21,45% em setembro.
– MRV&CO ON avançava 2,91%, após a construtora divulgar que concluiu a venda de quatro terrenos nos Estados Unidos, levantando US$32 milhões, montante que ficou US$2 milhões acima do que esperava. O tom prevalecia no setor, com o índice imobiliário na B3 valorizando-se 0,7%.
– MAGAZINE LUIZA ON recuava 5,46%, em mais um dia de correção, após forte valorização em setembro, que até a última sexta-feira somava 36,6%. Na véspera, as ações fecharam com declínio de 5,09%. O índice de consumo na B3 mostrava declínio de 0,46%.