26/05/2025 - 17:20
O dólar fechou nesta segunda-feira, 26, em alta ante o real, em uma sessão com liquidez reduzida em função de feriados nos EUA e no Reino Unido e com investidores ainda atentos ao noticiário relacionado ao IOF, após o governo Lula ter voltado atrás em algumas medidas na semana passada.
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A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,50%, aos R$ 5,6757. No acumulado do mês a divisa está praticamente estável, com leve baixa de 0,01%. Veja cotações.
Às 17h19 na B3 o dólar para junho — atualmente o mais líquido — subia 0,36%, aos R$ 5,6780. O volume de contratos negociados estava pouco acima dos 102 mil — um número bem abaixo da média registrada em dias normais, sem feriado nos EUA.
Já o Ibovespa fechou com uma alta modesta nesta segunda-feira, tendo Braskem entre os destaques positivos após oferta pelo controle da petroquímica, enquanto JBS figurou entre as maiores quedas, ajudando a atenuar os ganhos.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,23%, a 138.136,14 pontos, tendo marcado 137.794,97 pontos na mínima e 138.799,68 pontos na máxima do dia.
O volume financeiro somava R$ 9,67 bilhões antes dos ajustes finais, com a liquidez nos negócios afetada por feriado nos Estados Unidos.
O dólar no dia
O feriado do Memorial Day nos Estados Unidos e o feriado bancário da primavera no Reino Unido reduziram a liquidez global nos mercados de moedas, incluindo o brasileiro.
Após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter recuado no domingo em sua ameaça de impor tarifas de 50% sobre as importações da União Europeia no próximo mês, o euro sustentou ganhos ante o dólar. Em relação às divisas de emergentes e exportadores de commodities, o dólar apresentava no fim da tarde sinais mistos.
Sem a influência forte do exterior, o mercado de câmbio no Brasil operou ainda voltado para o noticiário em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No Rio de Janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou pela manhã que o governo tem até o fim desta semana para decidir como compensará a arrecadação que o Executivo deixará de levantar com o recuo em parte dos aumentos das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na última sexta-feira, o dólar havia fechado em baixa após o governo decidir manter em zero a alíquota de IOF sobre aplicações de fundos de investimento no exterior, revertendo a cobrança de 3,5% anunciada na véspera.
“Mas a história do IOF ainda faz um pouco de preço hoje. O investidor está preocupado sobre o próximo passo do governo, se ele ficará nas medidas anunciadas ou trará algum imposto novo”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, ao justificar o viés de alta para o dólar ante o real.
Depois de marcar a cotação mínima de R$ 5,6359 (-0,20%) às 9h02, logo após a abertura, o dólar à vista atingiu a máxima de 5,6797 (+0,57%) às 15h18, para posteriormente encerrar pouco abaixo disso.
Às 17h14 no exterior o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,09%, a 98,991.