O Ibovespa terminou o ano de 2024 com uma queda de 29,92% em dólares, o pior desempenho entre os 21 índices analisados pela consultoria Elos Ayta.

No ranking que compara o desempenho dos principais índices de bolsas globais, em dólar, o S&P Merval, da Argentina, registrou a maior valorização anual, de 114,91%.

Na sequência, ficaram os índices norte-americanos Nasdaq (+28,64%) e S&P 500 (+23,31%), beneficiados pela resiliência da economia dos Estados Unidos e pela recuperação de setores como tecnologia e consumo.

Na China, o FTSE China 50 (+23,29% em dólares) e o Hang Seng Index (+14,13%) também obtiveram resultados expressivos, demonstrando o impacto de políticas de estímulo fiscal e monetário.

Veja abaixo o ranking:

Ranking do desempenho dos principais índices de bolsas (Crédito:Divulgação/Elos Ayta Consultoria)

Entre os 21 índices analisados, sete tiveram rentabilidade superior a 10%. Contudo, a América Latina chamou atenção pela volatilidade. Com três índices na lista dos cinco piores desempenhos (Ibovespa, IPyC e IPSA do Chile), a região refletiu instabilidades econômicas e políticas.

Impacto da desvalorização do real

Apesar do recuo de 10,36% do Ibovespa em moeda local em 2024, o impacto da desvalorização do real foi determinante para o desempenho negativo em dólares. O mesmo efeito foi observado no México, onde a queda de 29,77% em dólares no IPyC é a pior desde 2008, quando recuou 40,20%.

A queda de 29,92% do Ibovespa em dólares, foi a maior desde 2015, quando o recuo foi de 41,03%.

Evolução do desempenho do Ibovespa em dólares (Crédito:Divulgação/Elos Ayta Consultoria)

O dólar no Brasil avançou 27,91% ao longo do ano, marcando a maior alta desde 2020. O real foi  moeda com a maior desvalorização do G20 em 2024.

“O ano de 2024 deixa lições importantes para investidores: a relevância da diversificação internacional e o impacto significativo das oscilações cambiais nos resultados financeiros. Em um cenário de incertezas globais, a busca por estratégias de proteção e exposição equilibrada continuará sendo a tônica para 2025”, diz Einar Rivero, CEO da Elos Ayta.