O Ibovespa recuava nesta sexta-feira, 30, chegando a trabalhar abaixo de 137 mil pontos no pior momento, em meio a movimentos de realização de lucros, mas ainda caminha para o terceiro ganho mensal seguido, período em que renovou máximas históricas.

O último pregão de maio era marcado pela repercussão de números sobre o PIB no Brasil no primeiro trimestre e de dados de inflação ao consumidor de abril nos Estados Unidos.

Por volta de 12h25, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,89%, a 137.299,6 pontos, acumulando até o momento uma valorização de 1,67% no mês. Em abril, a alta foi de 3,69% e, em março, de 6,08%.

O volume financeiro nesta sexta-feira somava R$ 5,6 bilhões.

Em Wall Street, o S&P 500 cedia 0,07%, tendo também no radar acusação do presidente do EUA, Donald Trump, de que China violou um acordo envolvendo tarifas comerciais.

Na visão da Ágora Investimentos, o movimento das bolsas no exterior e a fraqueza entre as principais commodities podem resultar em ajustes negativos na bolsa paulista nesta sessão.

DESTAQUES

– VALE ON caía 0,95%, tendo como pano de fundo a queda dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com declínio de 0,43%. Uma reportagem da Reuters também afirmou que a Vale teve um pedido negado para aumentar seu consumo de energia elétrica no polo de produção de níquel de Onça Puma (PA), após perder um prazo regulamentar para confirmar a solicitação.

– PETROBRAS PN recuava 0,54% e PETROBRAS ON cedia 0,69%, em meio à fraqueza dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent caía 0,39%.

– ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,77%, em sessão negativa para os bancos do Ibovespa como um todo. BRADESCO PN caía 0,44%, BANCO DO BRASIL ON cedia 1,05% e SANTANDER BRASIL UNIT recuava 1,07%. O Conselho Monetário Nacional e o Banco Central aprovaram resoluções que introduzem requerimentos prudenciais individuais a conglomerados de instituições financeiras em critérios de gestão de riscos, liquidez e capital.

– AZZAS 2154 ON avançava 0,92%, com analistas do UBS BB reiterando a recomendação de compra para a ação e elevando o preço-alvo de R$37 para R$54 após revisar para cima as previsões para os lucros da varejista de moda em 2025 e 2026. “Um controle de custos mais rigoroso e ganhos de eficiência contínuos deverão continuar a apoiar a rentabilidade”, afirmaram Vinicius Strano e equipe em relatório a clientes. O índice do setor de consumo caía 0,89%.

– MAGAZINE LUIZA ON subia 0,44%, após obter US$50 milhões com o banco multilateral de desenvolvimento BID Invest. A transação é complementar à captação realizada este ano junto à International Finance Corporation (IFC), ligada ao Banco Mundial, de US$130 milhões. Os recursos serão utilizados para financiar a maior parte dos investimentos em tecnologia do Magalu, incluindo a evolução da plataforma de marketplace e dos serviços de Advertising, Fintech, Fulfillment e Cloud.

– FLEURY ON recuava 2,95%, tendo no radar “downgrade” de analistas do Goldman Sachs, que cortaram a recomendação da ação para “neutra” e reduziram o preço-alvo de R$16 para R$15.

– MÉLIUZ ON, que não faz parte do Ibovespa, caía 5,44%, após anunciar uma oferta primária de ações inicialmente da ordem de R$150 milhões — mas que pode ser ampliada em até 200% — para levantar recursos para a aquisição de bitcoins. A operação tem precificação prevista para ocorrer em 12 de junho.