01/12/2025 - 13:58
Além dos recordes do Ibovespa e do IDIV enquanto índices, algumas ações individualmente chegaram às suas máximas históricas nos últimos dias. Conforme levantamento da Elos Ayta Consultoria revela que um total de 27 ações de diferentes setores chegaram ao seu topo na última semana do mês de novembro.
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O máximo histórico resultado de um ambiente mais favorável para risco, mudanças de fluxo entre setores e expectativas diferentes para atividade econômica e juros – com isso, 18 ações pertencentes ao Ibovespa e 16 componentes do IDIV chegaram às suas máximas, sendo que sete delas estão em ambos os índices.
A distribuição por setores indica um movimento espalhado: bancos e companhias de energia somam seis ações cada uma, seguidas pelas empresas de construção, com quatro. Telecom, empresas de imóveis e outras áreas completam o conjunto, mostrando que o rali não ficou restrito a poucos segmentos.
No acumulado de 2025 até 28 de novembro, quem lidera os ganhos são as incorporadoras: Lavvi somou 155,48%, Cury registrou 140,17%, JHSF alcançou 122,99% e Cyrela marcou 120,01%.

O avanço acompanha a queda das curvas de juros, o ritmo mais firme das vendas e um ambiente mais favorável para o crédito imobiliário. Esse quadro tende a beneficiar empresas com histórico consistente nesse mercado.
Fora desse grupo, Copasa (110,58%), BTG Pactual (102,64%) e Axia Energia (100,73%) também superaram ganhos de três dígitos ao longo do ano.
O peso de bancos e elétricas ajudou a empurrar os índices para cima, já que esses setores ocupam grande parte das carteiras do Ibovespa e do IDIV.
No segmento financeiro, Itaú (ITUB3 e ITUB4), BR Partners, ABCB4, Santander e BTG Pactual bateram seus maiores níveis no período, num movimento que aponta para melhora de crédito, recomposição de margens e resultados mais fortes.
Na área de energia, o rali se espalhou entre empresas de transmissão, geração e distribuição – caso de ISA Energia, Energisa, Axia Energia, CPFL e Equatorial — apoiado pela queda dos juros, que tende a atrair investidores em busca de renda.
A maior parte dos recordes ocorreu no mesmo dia em que os índices principais renovaram suas marcas: 20 das 27 ações chegaram ao topo em 28 de novembro. Outras três atingiram o pico em 27 de novembro, e quatro no dia 26. A proximidade das datas indica um forte fluxo comprador no encerramento do mês.
Setores fora do eixo tradicional da bolsa de valores também apareceram nessa movimentação. Tim e Telefônica, Vulcabras e Vivara, além de Tegma, Multiplan e Syn PropTec, avançaram junto com o restante do mercado.
Esse espalhamento do rali sugere uma transição para um movimento mais amplo, comum em momentos de mudança no cenário macro, conforme a Elos Ayta Consultoria.
Ibovespa sobe mais de 32% no ano
Com esses movimentos, o Ibovespa acumulou alta de 32,25% em 2025 até 28 de novembro, enquanto o IDIV subiu 28,11%. O desempenho ganhou força principalmente com bancos e empresas de energia, conhecidos por distribuir dividendos de forma recorrente. Novembro acabou marcando uma virada no comportamento da bolsa de valores no ano, abrindo espaço para revisões de fluxo e estratégias de alocação no mercado doméstico.
