O Ibovespa firmava-se no azul nesta sexta-feira, 14, voltando a flertar com os 158 mil pontos, apoiado principalmente pelo avanço das ações de Petrobras e Localiza, em mais um dia marcado pela repercussão de uma bateria de resultados corporativos.

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Por volta de 13h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,53%, a 157.995,09 pontos, tendo chegado a 158.332,33 pontos na máxima até o momento, após recuar a 156.655,68 pontos mais cedo.

Com tal desempenho, o índice acumula alta de 2,63% na semana, caminhando para o quinto ganho semanal consecutivo.

O volume financeiro no pregão somava R$ 9,62 bilhões.

De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo e tem como próximo objetivo a região dos 165.000 pontos. Mas, acrescentaram, os níveis atuais abrem espaço para uma probabilidade maior de correção.

“A queda no último pregão não significa que a festa do movimento de alta no mercado de ações acabou. O cenário é para cima no curto prazo e possíveis realizações de lucros são saudáveis”, afirmaram no relatório Diário do Grafista.

Na véspera, o Ibovespa fechou com declínio de 0,30%.

Wall Street tinha uma sessão mista, em meio a dúvidas sobre possível novo corte de juros nos Estados Unidos em dezembro. O S&P 500 trabalhava perto da estabilidade, enquanto o Nasdaq subia 0,35% e Dow Jones cedia 0,6%.

DESTAQUES

– PETROBRAS PN subia 1,72%, endossada pela alta dos preços do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros seguem na expectativa da divulgação do novo plano de negócios da estatal, prevista para o final do mês. PETROBRAS ON mostrava acréscimo de 1,33%.

– LOCALIZA ON avançava 5,97%, ganhando fôlego durante teleconferência da empresa com analistas sobre o balanço divulgado na véspera, na qual executivos afirmaram que esperam margem estável no último trimestre e não descartaram ajuste em portfólio de carros se levar a melhora do resultado. A Localiza também divulgou na quinta-feira acordo para vender sua participação na agência de viagens corporativas Voll.

– VALE ON recuava 0,82%, em meio a dados mais fracos do que o esperado sobre produção industrial na China. A mineradora também estimou provisão adicional de aproximadamente US$500 milhões para 2025 relacionada a obrigações decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015.

– BANCO DO BRASIL ON subia 1,73%, recuperando-se de uma abertura mais fraca, ainda pressionada por ajustes na esteira do resultado trimestral e corte na previsão do lucro para o ano. ITAÚ PN, BRADESCO PN e SANTANDER BRASIL UNIT também mostraram melhora, passando a subir 0,27%, 1,08% e 0,86%, respectivamente.

– MBRF ON valorizava-se 8,4%, engatando o sexto pregão consecutivo de alta e ampliando a recuperação em novembro, após desempenho negativo em setembro e outubro. Parte da reação tem suporte na retomada das compras de carne de frango do Brasil pela China, anunciada neste mês.

– CYRELA ON tinha elevação de 2,98%, com executivos da construtora sinalizando expectativa de uma dinâmica de geração de caixa no quarto trimestre próxima de neutra, e positiva no ano que vem. Na véspera, a Cyrela reportou lucro líquido de R$609 milhões no terceiro trimestre, alta de 29% sobre o resultado obtido no mesmo período do ano passado.

– RAÍZEN PN avançava 1,15%, também com ajustes após queda de mais de 6% na quinta-feira. A produtora de açúcar e etanol também divulgou na véspera que concluiu contratação de linha de crédito rotativo no montante de US$1 bilhão.

– CPFL ENERGIA ON subia 1,71%, após alta do lucro no terceiro trimestre, mesmo em meio a um cenário desafiador e de perdas no negócio de geração renovável, com o presidente-executivo afirmando que confia que uma solução de ressarcimento por cortes da produção de suas eólicas está próxima.

– YDUQS ON recuava 4,95%, após o balanço do grupo de educação no terceiro trimestre mostrar lucro líquido de R$98 milhões, queda de 35,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

– IRB(RE) ON perdia 2,89%, tendo no radar o resultado do terceiro trimestre do ressegurador, com queda de 15% no lucro líquido ano a ano, para R$99 milhões.