A soberania do Ibovespa, considerado o principal indicador da Bolsa, está ameaçada. E sabe por quem? Justamente pelo seu primo pobre, o IBX (Índice Brasil). Em janeiro, a Bovespa lançará nova versão do IBX, calculada com 50 ações e não mais 100, como é feito hoje. A redução acaba com o principal entrave para o Índice Brasil conquistar novos investidores. A sua metodologia, pela qual a participação de cada companhia é definida pela ponderação entre a liquidez e o valor de mercado, sempre foi aplaudida pelos analistas. Porém, é muito difícil acompanhar o seu desempenho por causa do grande número de empresas. Hoje, se você quiser montar uma carteira IBX precisa,
por exemplo, comprar 0,002% da Eternit. É uma missão difícil.

Na versão, batizada de IBX 50, isso não será mais problema ? menos empresas, a participação de todas aumenta. O novo Índice Brasil evita ainda distorções entre a realidade financeira da empresa e o volume de negócios acionários ? comum no Ibovespa, que considera apenas a liquidez (quanto mais, maior o peso). As operadoras de telefonia, por exemplo, abocanham 42,4% do Ibovespa apenas
pelo fato de registrarem um elevado número de operações de
compra e venda.