01/06/2011 - 21:00
As economias ocidentais tiveram sua face moldada por empreendedores. Homens e mulheres que, a partir de uma ideia ou de um produto, deram sua contribuição para o desenvolvimento de países e transformaram o capitalismo. Muitos deles, como é o caso dos americanos Henry Ford e Steve Jobs, além do indiano Muhammad Yunus, foram artífices de projetos e invenções que mudaram a vida das pessoas e as estruturas empresariais. Um bom exemplo disso é Ford.
Quando ele criou a montadora que leva seu nome de familia, os automóveis já existiam. Mas eram considerados itens de consumo acessíveis apenas para milionários. O jeito Ford de produzir, batizado de fordismo e que deu origem à linha de montagem, fez toda diferença e os automóveis passaram a ser vistos nas garagens das casas dos integrantes da classe média americana.
Atualmente, o setor automotivo fatura centenas de bilhões de dólares e emprega milhões de pessoas globalmente. Yunus, Prêmio Nobel da Paz e criador do Grameen Bank, hoje controlado pelo governo de Bangladesh, criou um modelo de gestão de microcrédito que é exemplo mundial e vem melhorando a vida de milhões de pessoas pelo mundo afora.
É exatamente o que existe de mais rico na experiência desses homens que os leitores da DINHEIRO terão a chance de conhecer no guia 1000 CEOS. A obra, que circula em 18 fascículos de 32 páginas cada um, a partir dessa edição, foi elaborada pela editora britânica Dorling Kindersley Limited, ligada ao grupo Penguin. Em 576 páginas, o leitor conhecerá os perfis de empreendedores dos quatro cantos do planeta.
Cada um dos dez capítulos enfoca um tipo distinto de CEO, do cauteloso, como Jeroen van der Veer, da Shell, aos inovadores, como Mark Zuckerberg, criador do Facebook. Mais que um registro histórico, o livro funciona como um verdadeiro guia para quem pretende transformar seu negócio ou dar uma guinada rápida em sua carreira. “Empresas vitoriosas não surgem por acaso. Dependem de produtos inovadores, estratégias consistentes, líderes perspicazes e equipes bem treinadas e motivadas”, diz Carlos Alzugaray, presidente-executivo da Editora Três.
“Cada executivo e empresário retratado na coleção 1000 CEOs tem algo particular a ensinar aos demais. Os textos vão direto ao ponto e são leitura indispensável aos gestores de negócios e aspirantes a bons profissionais.” A versão brasileira inclui, ainda, 28 executivos e empresários nacionais. Muitos deles foram forjados na lida diária do mercado e usaram o tino comercial e a intuição como armas.
É o caso de Antônio Ermírio de Moraes, um dos artífices da transformação do Votorantim no maior conglomerado industrial do País e um competidor importante no setor de cimento até nos Estados Unidos. A obra abre espaço para CEOs emergentes, como André Maggi, cuja liderança ajudou a fazer de Mato Grosso um dos maiores celeiros agrícolas do mundo. Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido pelo título o Barão de Mauá e um dos baluartes da industrialização na América Latina, também tem seu estilo de gestão analisado em profundidade.
Olavo Setubal, Lázaro Brandão, Abilio Diniz e Eike Batista, entre outros, também são retratados. A coleção 1000 CEOs inova, ainda, em outros aspectos. Ao lado das informações biográficas, o leitor terá a chance de conhecer aspectos importantes da trajetória de cada personagem. O principal diferencial é que a publicação está estruturada em formato de guia, o que pode ser muito útil para quem precisa tomar decisões estratégicas no dia a dia. Também há espaço para lições resumidas, que sintetizam não apenas o pensamento estratégico de cada CEO como também analisam os quesitos que os tornaram figuras importantes no mundo dos negócios.