24/07/2025 - 11:12
O aumento percentual de pessoas que utilizam a internet entre os anos de 2019 e 2024 foi mais expressivo no grupo etário de 60 anos ou mais: de 44,8% para 69,8%, um aumento de 25 pontos percentuais (p.p.). Ao todo, 89,1% (ou 168,0 milhões) dos brasileiros com mais de 10 anos utilizaram a Internet no período de referência. Em 2019, eram 79,5%.
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Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O período de referência para coleta dos dados foram os últimos três meses do ano.
A segunda faixa etária com maior crescimento em pontos percentuais (mais 15,5 p.p.) foi a de 50 a 59 anos: de 74,4% para 89,9%. Já o grupo com idades entre 25 a 29 anos apresenta a maior quantidade de internautas: 96,4%.

Internet na televisão cresce
O crescimento do uso de internet nas faixas etárias mais velhas acompanha uma mudança nos dispositivos utilizados para os acessos. O número de pessoas que acessaram a web através de um aparelho televisor subiu de 11,3%, em 2016, para 32,2%, em 2019, até alcançar em 2024, pela primeira vez, mais da metade dos usuários (53,5%).
O meio de acesso mais utilizado, no entanto, segue o celular (98,8%). Após o televisor, seguem o microcomputador (33,4%) e o tablet (8,3%).

“Houve um crescimento substancial do uso da televisão para esse fim, ultrapassando, em 2024, mais da metade dos usuários da Internet, o que pode refletir, entre outros fatores, o avanço das plataformas de streaming”, afirma o analista da pesquisa, Gustavo Fontes.
“Por outro lado, o uso do computador para acessar a Internet tem apresentado uma tendência de queda desde o início da série, apesar de uma desaceleração dessa tendência observada a partir de 2023. Entre os estudantes, já se verificou, em 2024, uma interrupção da queda no uso do computador para acessar a Internet”, segue Fontes.
A Pnad Contínua aponta que 89,9% da população de 10 anos ou mais tinha celular em 2024. Nas áreas urbanas, a proporção chegou a 90,5%, enquanto nas áreas rurais esse percentual foi de 77,2%.