No Rio de Janeiro, mais de 130 macacos, entre bugios, micos leão dourado e macacos-prego, morreram no primeiro mês do ano, segundo a Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses do Estado. No mesmo mês do ano passado, foram registradas sete mortes. A febre amarela, no entanto, não é a grande responsável pela matança. Cerca de 70% dos primatas foram vítimas de violência humana. Os animais apresentavam indícios de maus tratos, como fraturas e queimaduras, ou envenenamento. Trata-se de uma ignorância perigosa. Macacos não transmitem a febre amarela. Porém, são importantes para se identificar a presença da doença e a intensidade do surto. Além disso, eles protegem os seres humanos. Sem os primatas, o mosquito terá de procurar novos alvos, ou seja, irá picar pessoas. Bugios e micos leão dourado são espécies ameaçadas de extinção. Segundo a legislação ambiental, a pena por matar um animal silvestre é de até um ano de detenção, além de multa.

(Nota publicada na Edição 1055 da Revista Dinheiro)