O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 1,53% em maio, após a queda de 0,58% em abril, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado anunciado nesta quarta-feira ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma queda entre 1,45% e 0,20%, com mediana negativa de 1,19%.

Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de maio, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram redução de 2,25%, ante uma queda de 0,96% em abril. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram alta de 0,60% em maio, após o aumento de 0,57% em abril. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve elevação de 0,09% em maio, depois de subir 0,22% em abril.

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O IGP-10 acumulou um recuo de 1,99% no ano. A taxa acumulada em 12 meses ficou negativa em 3,49%. O período de coleta de preços para o indicador de maio foi do dia 11 de abril a 10 deste mês.

Apesar da pressão do aumento de preços dos alimentos (1,04%), o recuo nas passagens aéreas (-8,98%) ajudou a impedir uma aceleração maior da inflação ao consumidor medida pelo IGP-10 de maio.

Dentro do IPC-10, cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Alimentação (de 0,15% em abril para 1,04% em maio), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,86% para 1,52%), Comunicação (de 0,12% para 1,18%), Despesas Diversas (de 0,15% para 0,50%) e Vestuário (de 0,45% para 0,63%). As principais contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (de -2,06% para 8,71%), medicamentos em geral (de 0,75% para 3,16%), tarifa de telefone móvel (de 0,40% para 3,25%), jogo lotérico (de 0,00% para 4,59%) e calçados (de 0,30% para 1,24%).

Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Transportes (de 1,86% para 0,52%), Habitação (de 0,78% para 0,48%) e Educação, Leitura e Recreação (de -1,37% para -1,50%). As maiores influências foram os itens: gasolina (de 5,87% para 0,17%), tarifa de eletricidade residencial (de 2,56% para 0,46%) e passagem aérea (de -7,46% para -8,98%).

Construção

A alta mais branda no custo da mão de obra desacelerou a inflação do setor de construção dentro do IGP-10 de maio, segundo a FGV. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) passou de uma alta de 0,22% em abril para uma elevação de 0,09% em maio.

O Índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de uma alta de 0,07% em abril para um aumento de 0,16% em maio. Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram aumento de 0,11% em maio, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,42% no mês.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de um aumento de 0,38% em abril para uma alta de 0,01% em maio.