A Iguatemi pretende realizar investimentos de R$ 330 milhões a R$ 400 milhões em 2025, conforme meta divulgada pela companhia na noite desta terça-feira, 18. O montante, se confirmado, será bem maior do que os R$ 234 milhões de 2024.

Esse aumento está relacionado, principalmente, ao início das obras de expansão de dois empreendimentos neste ano – o Iguatemi Brasília e o Iguatemi São Paulo – com aportes previstos na ordem de R$ 120 milhões e R$ 150 milhões.

Além disso, a Iguatemi pretende investir entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões com o desenvolvimento da infraestrutura do bairro planejado de Campinas (SP). O restante vai para manutenção dos shoppings, ações comerciais, tecnologia da informações e outros fins. A projeção de investimentos não inclui aquisições de empreendimentos.

“Estamos bem tranquilos com nossos guidances (metas)”, afirmou o vice-presidente financeiro da Iguatemi, Guido Oliveira. “O ano de 2024 foi excelente. E para 2025 estamos otimistas, apesar do cenário macroeconômico mais difícil por causa do aumento da taxa de juros”, disse, em entrevista ao Broadcast.

Oliveira frisou que a Iguatemi está em seu ápice em termos de desempenho operacional e financeiro, tendência que deve ser mantida neste ano. “Estamos muito confortáveis”.

A empresa também divulgou projeção de crescimento da receita líquida dos shoppings entre 7% a 11% neste ano, o que aponta para uma aceleração em relação ao ano passado, quando a expansão foi de 7,2%. A margem Ebitda dos shoppings para o ano foi estimada entre 82% a 85%, enquanto a margem Ebitda total prevista foi de 75% a 79%.

A Iguatemi atingiu a ocupação recorde de 97,7% dos shoppings, com valores de aluguéis mais altos e cortes de descontos para os lojistas – fatores que devem sustentar o crescimento da receita ao longo do ano, citou Oliveira.

As vendas totais nos shoppings da Iguatemi foram de R$ 7 bilhões no quarto trimestre de 2024, aumento de 19,2% em relação ao mesmo período de 2023.

A companhia destacou que o movimento nos shoppings seguiu forte neste começo de ano. Em janeiro, as vendas totais subiram 18,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, já abrangendo os números do recém-adquirido Riosul. Considerando os mesmos shoppings, a alta em janeiro foi de 10%.

A inadimplência dos lojistas ficou negativa em 3%. Isso acontece quando a empresa recupera mais valores antigos do que sofre de novos atrasos.