São Paulo, 9 – A comercialização do milho 2024/25 em Mato Grosso alcançou 83,37% da produção no fim de novembro, avanço mensal de 2,26 pontos porcentuais, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Apesar do aumento, o ritmo está 6,38 pontos abaixo do registrado no mesmo período do ciclo anterior, quando as vendas somavam 89,75%.

Segundo o Imea, o incremento reflete a liberação de estoques pelos produtores antes da entrada da colheita de soja no Estado. O preço médio negociado em novembro ficou em R$ 48,09 por saca, alta de 1,97% ante outubro. No mercado futuro, a paridade de exportação para julho de 2026 encerrou o mês em R$ 38,32 por saca, valorização de 0,19% na comparação semanal.

Para a safra 2025/26, as vendas antecipadas chegaram a 25,23% da produção estimada, incremento de 1,70 ponto porcentual sobre outubro. O desempenho permanece abaixo da média histórica, em meio ao menor interesse dos produtores em fechar novos contratos diante das incertezas para o próximo ciclo. O preço médio negociado para a safra futura registrou queda mensal de 1,38%, encerrando novembro a R$ 45,57 por saca.

Algodão

A comercialização da pluma de algodão da safra 2024/25 em Mato Grosso atingiu 74,78% da produção até o fim de novembro, avanço mensal de 2,81 pontos porcentuais, informou o Imea. O índice está 7,63 pontos abaixo da média dos últimos cinco anos, influenciado pela desvalorização da pluma e pela cautela dos cotonicultores nas negociações.

A comercialização da safra 2025/26 avançou 5,12 pontos porcentuais no mês e chegou a 40,40% da produção estimada, ainda 10,32 pontos atrás da média histórica. O preço médio negociado em novembro foi de R$ 120,22 por arroba para a safra 2024/25 e de R$ 119,22 para a 2025/26, quedas mensais de 2,37% e 5,22%, respectivamente.

No físico, o preço do Imea da pluma encerrou a primeira semana de dezembro em R$ 106,47 por arroba, leve recuo de 0,11%.

No mercado externo, as exportações de novembro somaram 234,93 mil toneladas, com Mato Grosso respondendo por 58,37% dos embarques nacionais. Foi o segundo maior volume já registrado para o mês na série histórica. A China voltou a liderar as compras do Estado, com 52,48 mil toneladas – movimento não observado desde novembro de 2024, segundo a Secex.