Nem Colombina nem Arlequim. Neste Carnaval, a alegoria mais freqüente será a de leão. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostrou que as alíquotas de imposto de 28 produtos usados pelos foliões são elevadas. No caso das bebidas alcoólicas, a mordida do Leão chega a 76,6% sobre a caipirinha, 62,2% sobre o chope e 55,6% sobre a cerveja – lata ou garrafa. No caso dos refrigerantes em lata, o percentual é de 46,5%.

Segundo João Eloi Olenike, presidente executivo do IPBT, essa tributação capaz de atravessar o samba deve-se a dois motivos. Além de serem considerados supérfluos, quase todos os produtos da lista são industrializados. Por isso, a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) eleva o preço para o consumidor final.

Depois das bebidas, os itens mais tributados são confetes e serpentinas, roupas, máscaras e adereços, cujas alíquotas oscilam ao redor de 45%. Quem quiser aproveitar os dias de folia para viajar pagará um pouco menos: a alíquota sobre hospedagens em hotel é de 29,6% e a das passagens aéreas é de 22,3%.

A menor alíquota é sobre os preservativos, que são tributados em 18,75%.