07/03/2014 - 19:37
A imprensa internacional é bem-vinda na Venezuela, garantiu o presidente Nicolás Maduro, em uma entrevista transmitida nesta sexta-feira pela rede americana CNN, cujos jornalistas tiveram seu visto de trabalho cancelado para a cobertura dos protestos que varrem o país há um mês. “Sempre garantimos a liberdade de imprensa. Estamos há 15 anos em uma revolução democrática, constitucional e pacífica”, disse Maduro, na entrevista com a jornalista Christiane Amanpour. Ao comentar a situação dos repórteres da CNN em espanhol, cujas credenciais foram revogadas em 21 de fevereiro passado, Maduro afirmou que “é um caso diferente”. “Acho que o papel que cumpriram, o papel que cumpriram há duas semanas na Venezuela foi muito prejudicial e perigoso, porque promoveram uma intervenção estrangeira em nosso país”, frisou. “Eu lhes fiz uma advertência pública, como parte do debate democrático, e acho que mudaram, mudaram parcialmente, retificaram, e comemoro essa mudança”, acrescentou. Em relação às denúncias de agressões a jornalistas na Venezuela, Maduro comentou que conhece apenas o caso de dois correspondentes estrangeiros – sem identificá-los -, ameaçados por “grupos de extrema direita em um setor de classe média”. “Essa informação não foi transmitida pela imprensa, devido a essa permanente campanha para mostrar a Venezuela como um país na violência e no caos, no qual a imprensa estrangeira é agredida”, alegou. No último mês, 89 jornalistas foram agredidos, roubados, ou detidos sem justificativa na Venezuela, segundo o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa da Venezuela (SNTP, na sigla em espanhol). nn/du/tt/lr