Agora, outra empresa que vive nas passarelas quer vender ações: a InBrands, holding de marcas como Ellus, Alexandre Herchcovitch, 2nd Floor e Salinas. Ela detém os dois principais eventos de moda do país, o São Paulo Fashion Week e o Fashion Rio. O valor a ser captado não foi divulgado, mas boa parte deve ser usada para reforçar o capital de giro e adquirir novas marcas.

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Desfile da 2nd Floor: da passarela para o pregão 

Para os analistas, a abertura de capital não é um acessório. “A bolsa exige procedimentos de governança, e o setor da moda está cada vez mais profissional”, diz André Robic, diretor da escola de negócios da moda IBModa. “Esse é um diferencial competitivo mundial”, diz Clovis Ferratoni, professor de moda do Senac. Grupos como o Moet Hennessy Louis Vuitton (LVMH) já têm capital aberto.  O  principal acionista da InBrands é o fundo de participações FIP PCP, de ex-sócios do Banco Pactual. 

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Desempenho das empresas por setor de atividade 

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Touro x Urso

 

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Depois do Ibovespa ter recuado 2,28% em maio, o cenário segue incerto em junho. Fatores como a crise na Zona do Euro, o crescimento americano e a desaceleração da China são os que mais preocupam lá fora. No Brasil, a inflação continua sendo a grande vilã.  Nesta semana, as atenções se voltam para o IPCA de maio, que será divulgado na terça-feira 7 e deve  nortear a decisão do Copom sobre a taxa Selic, marcada para o dia seguinte. 



Destaque no pregão

 

A Spinelli lançou um aplicativo que permite aos investidores acompanhar cotações e negociar ações via Facebook. “Pensamos nessa ferramenta ao perceber o crescimento das visitas em nossas redes sociais” , diz Rodrigo Puga, responsável pelo homebroker da corretora. Batizado de FaceBroker investBolsa, o aplicativo demorou seis meses para ser desenvolvido. As tarifas são iguais às do homebroker tradicional e não é preciso instalar um programa específico. O aplicativo funciona em qualquer equipamento que leia a linguagem Java Script. 

 

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Educação financeira

 

O livro Desafios do Sistema Financeiro Nacional, organizado por Alessandra Dodl e José Renato Barros, analisa em dez  artigos a estrutura do sistema financeiro brasileiro e aponta as questões e desafios a serem resolvidos nos próximos anos, entre eles a democratização do acesso ao crédito e o difícil equilíbrio da regulação, que tem de evitar os excessos, mas sem comprometer o desenvolvimento do sistema. (Ed. Elsevier, 256 páginas, R$ 63)

 

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Petróleo

 

Queiroz Galvão pós-IPO

 

A Queiroz Galvão Exploração e Produção começa a investir os resultados de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A empresa pretende aplicar até US$ 150 milhões este ano. O IPO realizado em fevereiro levantou R$ 1,5 bilhão. Na ocasião, o prospecto preliminar indicava que  até 30% da oferta seria destinada à expansão. Cerca de R$ 1,2 bilhão  poderá ser utilizado para aquisição, e exploração de novos blocos, fatia que ainda  deverá ser muito explorada pela companhia de Antonio Augusto Queiroz Galvão.

 

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Papéis avulsos


Alta de 326% da Mundial

 

Desde que anunciou sua adesão ao Nível I de governança corporativa, no dia 23 de março, a empresa de consumo Mundial iniciou uma trajetória de alta na bolsa. Até 1º de junho, os papéis subiram 326%. A proposta de desdobramento de ações  foi aprovada com mudanças, e o novo número de ações em circulação ficou acima do esperado. Com isso, só na segunda-feira 30, as cotações subiram 42%.

 

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Mercado em números


Gerdau

 

R$ 718 milhões – É o valor que o Grupo Gerdau vai investir na expansão de sua usina em Pindamonhaga (SP) e na  modernização na unidade de Araçariguama (SP). A previsão é de investir os recursos até 2013.

 

 

Marfrig


R$ 203,3 milhões – Foi quanto a companhia de alimentos Marfrig exportou à Rússia no primeiro trimestre de 2011, valor correspondente a 4,7% da receita do período. A companhia informou que a proibição russa à importação de carne dos Estados de Mato Grosso, do Rio Grande do Sul e Paraná não terá impacto negativo nos resultados.

 


Tereos


R$ 49 milhões – Foi quanto a companhia de açúcar e etanol Tereos Internacional pagou por 70,32% do capital social da Halotek-Fadel por meio de sua subsidiária Syral do Brasil. A empresa adquirida está sediada na cidade de Palmital (SP) e possui capacidade de produção anual de 60 mil toneladas de amido de mandioca.

 

 

Lojas Americanas


R$ 100 mil - É a multa diária que a loja virtual Americanas.com, controlada pela Lojas Americanas, terá de pagar ao Ministério Público. A empresa estava proibida de realizar vendas pela internet até entregar todas as mercadorias em atraso. Como não cumpriu a ordem, a multa subiu de R$ 20 mil para R$ 100 mil por dia. 

 

 

 

 

Pelo mundo

 

Nokia desce a ladeira

 

Sem conseguir fazer frente ao avanço da Apple e do Google na área de mobilidade, a Nokia viu suas ações fecharem na terça-feira 31, no menor valor desde março de 1998. As ações despencaram 17,5%, após a empresa reduzir suas expectativas de vendas e lucros para o segundo semestre deste ano.

 

Bancos americanos na mira da Moody’s 

 

A agência de classificação de risco Moody’s pode rebaixar os ratings de instituições financeiras como  Bank of America, Citigroup, Wells Fargo & Company. A classificação atual considera a ajuda governamental e a revisão vai detectar se os bancos estão mais próximos do nível pré-crise.

 

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Personagem


Papéis da Cielo no balcão americano 

 

O programa de ADRs (American Depositary Receipts) da Cielo, lançado em março de 2010, deve ganhar mais liquidez com sua estreia no mercado de balcão dos Estados Unidos batizado de OTCQX, segmento mais alto do setor naquele país. Rômulo de Mello Dias, presidente da Cielo, conversou com DINHEIRO sobre a migração das ações da empresa para o mercado internacional.

 

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Rômulo Dias, CEO: de olho nos dólares

 

Qual é o objetivo de listar os papéis da companhia no OTCQX?

Queremos oferecer aos nossos acionistas facilidade e diversas maneiras de acesso aos nossos papéis. Essa plataforma tem mais transparência, o que deve trazer mais visibilidade para a companhia. 

 

Por que não listar na bolsa?

A NYSE também é muito interessante, claro. Para listar as ações lá, porém, é preciso seguir uma série de regras da SEC (Securities and Exchange Commission, equivalente à CVM americana). Isso nos obrigaria a duplicar as informações divulgadas em outros padrões e traria uma série de custos para cumprir as exigências. O mercado de balcão tem custos muito menores.

 

Quais as vantagens para o investidor?

Para comprar papéis no Brasil, o investidor americano teria que se cadastrar no País ou investir por meio de fundos que compram papéis aqui. Essa plataforma permite uma negociação direta nos Estados Unidos, muito mais simples. Nós também estamos facilitando a comunicação com o mercado. Lançamos por exemplo a assembleia online, onde investidores do mundo todo podem votar via internet. 

 

Por que a companhia escolheu os EUA?

É o grande mercado. Quando fizemos nossa abertura de capital, mesmo tendo sido logo depois da crise, vimos que muitos investidores eram dos Estados Unidos, o que nos mostra a grande demanda desse público pelo nosso papel. 

 

Como são os esforços de colocação dos ADRs? 

No ADR, os próprios bancos custodiantes nos ajudam a fazer essa aproximação com sua base consolidada de clientes. 

 

Há a intenção de listar em outros países?

Não há um plano imediato, mas sempre estudamos novas ações.

 

A proporção de ADRs é de um recibo por ação brasileira. Há um limite dessa representação?

Não. Os ADRs podem existir em qualquer quantidade dentro do limite de ações em circulação que, em nosso caso, representam 42,7% do total.   

Com Bruno Galo, Caio Moretto, Juliana Schincariol e Lilian Sobral