PEQUIM (Reuters) – O número de mortos em um incêndio em um hospital de Pequim subiu para 29 nesta quarta-feira, sendo um dos mais letais da capital chinesa em pelo menos duas décadas, matando 26 pacientes e ferindo dezenas.

As redes sociais mostraram vídeos dramáticos de pessoas usando lençóis amarrados para descer pelas paredes para escapar da fumaça e das chamas depois que o incêndio começou no Hospital Changfeng na terça-feira.

Janelas quebradas e queimadas podiam ser vistas no local, onde havia muitos policiais, alguns à paisana, disseram testemunhas da Reuters.

Todos, exceto três dos 29 mortos, eram pacientes, afirmaram autoridades em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, com o incêndio sendo apagado em meia hora.

“Havia muita fumaça, eu pude ver”, disse um morador local idoso que deu apenas seu sobrenome, Li. Ele deu à Reuters vídeos que fez da fumaça saindo dos andares superiores do hospital.

Autoridades estão investigando o incêndio mais mortal de Pequim desde pelo menos 2002, quando um incêndio em um cibercafé matou 25 pessoas.

As verificações iniciais mostraram que o incêndio, que afetou principalmente uma ala para pacientes graves, foi causado por material de pintura inflamável em uma enfermaria em reforma, disseram autoridades.

Nesta quarta-feira, muitas postagens críticas sobre o incêndio no WeChat foram censuradas ou excluídas, mostraram verificações da Reuters.

Mais cedo nesta quarta-feira, 39 feridos ainda estavam no hospital, segundo as autoridades.

(Reportagem de Liz Lee, Bernard Orr e Ethan Wang)

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