Milhares de sikhs indianos esperam com impaciência a abertura, prevista para este sábado (9), de um corredor que lhes permita se deslocar sem visto no Paquistão para visitar o mausoléu do fundador de sua religião.

A inauguração desta infraestrutura é considerada um êxito diplomático entre dois países vizinhos com relações turbulentas.

Nos últimos meses, construiu-se uma ponte entre ambos os países. O sítio de Katarpur, no leste do Paquistão, foi reformado e ampliado. No final de outubro, firmou-se um acordo indo-paquistanês, e cerca de 5.000 peregrinos poderão passar por ali todos os dias.

“Se você olhar para a história, o sikhismo foi criado no Paquistão”, comentou Ramash Singh Arora, guardião do santuário.

O túmulo do guru Nanak, que fundou esta religião no século XV, é um lugar tão importante para seus fiéis como a Meca para os muçulmanos, comparou.

O número de sikhs é estimado em cerca de 20.000 no Paquistão. Milhões deles vivem na Índia, para onde muitos fugiram depois da violenta partição destes países em 1947. Esta divisão provocou a maior migração em massa da história e causou a morte de pelo menos um milhão de pessoas.

A inauguração da ponte no sábado acontece poucos dias antes do 550º aniversário do nascimento do guru Nanak, em 12 de novembro. A data é celebrada por milhões de sikhs no mundo todo.