Por Munsif Vengattil

NOVA DÉLHI (Reuters) – A Reliance Jio lançará em breve um notebook com preço de apenas 15 mil rúpias (184 dólares), um dos mais baratos oferecidos na Índia, com o objetivo de replicar o sucesso de seu celular de baixo custo, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

O laptop, que se chamará JioBook, terá um cartão SIM 4G. Disponível para alguns clientes como escolas e institutos governamentais a partir deste mês, o notebook provavelmente estará à venda para o público geral nos próximos três meses, disseram as fontes. Assim como no JioPhone, uma versão habilitada para 5G deve vir na sequência.

A Reliance é uma empresa do bilionário indiano Mukesh Ambani conhecida por suas grandes ofertas de preço. O JioPhone foi o smartphone mais vendido da Índia no segmento abaixo de 100 dólares, respondendo por um quinto do segmento nos últimos três trimestres, de acordo com a Counterpoint Research. Dispositivos de menos de 100 dólares representam 9% das vendas de smartphones no país.

O JioBook será executado no sistema operacional JioOS, disseram as fontes, acrescentando que alguns dos aplicativos da Microsoft também estarão disponíveis. O aparelho usará microprocessadores Qualcomm, com base em tecnologia da Arm, afirmaram.

O laptop competirá com um número limitado de ofertas nessa faixa de preço das fabricantes Acer, Lenovo e da indiana Lava.

Porém, o produto pode enfrentar alguma resistência em um país de mercado dominado por computadores que executam o Microsoft Windows.

“Os desafios para a adoção serão a conscientização do usuário… e além disso, os não-Windows (sistema operacional) também são uma decepção”, disse Tarun Pathak, analista da Counterpoint.

Atualmente, a HP e a Dell dominam as vendas de notebooks na Índia – um mercado de 14 milhões de unidades vendidas anualmente, que pode expandir outros 15% com a adição do JioBook, estima Pathak.

O JioBook será produzido localmente pelo fabricante contratado Flex, e o objetivo de vender “centenas de milhares” de unidades até março, disse uma das fontes.

(Reportagem adicional de Aditya Kalra)

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