Autoridades da Índia prenderam nesta quarta-feira, 23, um homem acusado de administrar uma embaixada falsa em uma luxuosa propriedade perto da capital, Nova Délhi.

Harshvardhan Jain teria enganado pessoas para obter dinheiro, prometendo empregos no exterior, de acordo com informações divulgadas por oficiais de uma força-tarefa especial do estado de Uttar Pradesh, no norte do país.

Jain, de 47 anos, apresentava-se como embaixador ou assessor de locais inexistentes, como “Seborga” ou “Westarctica”.

Investigadores afirmaram ao jornal India Today que Jain dizia a pessoas inocentes que poderia ajudar com trabalhos ou contratos em nações “amigas” devido à sua influência diplomática.

As nações que ele citava seriam pequenos Estados soberanos. Mas os países, fictícios, não são reconhecidos por nenhum governo, ainda que alguns tenham bandeiras e passaportes.

A polícia recuperou quase 4,5 milhões de rúpias indianas (cerca de 52 mil dólares) e outras moedas estrangeiras em dinheiro vivo após invadir a propriedade, que era decorada com bandeiras de diversos países.

Carros com placas falsas

Jain conduzia as operações a partir de um prédio residencial alugado, com carros de luxo que tinham placas diplomáticas falsas estacionados do lado de fora.

No local, os investigadores encontraram fotos adulteradas com líderes mundiais, passaportes falsificados e selos adulterados do Ministério das Relações Exteriores da Índia e de nações imaginárias.

Jain também é suspeito de lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada no exterior, segundo a polícia. E deve enfrentar acusações de falsidade ideológica e posse de documentos falsos.

Ele nasceu em uma família rica de industriais e estudou administração de empresas na Índia e em Londres, conforme o India Today. E já havia sido preso em 2011 por posse ilegal de um telefone via satélite.