18/03/2019 - 14:23
O recuo de 1,2 ponto do Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) na passagem de janeiro para fevereiro, de 118,8 pontos para 117,6 pontos, de acordo com o que divulgou nesta segunda-feira, 18, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), reflete a perda de parte da confiança que os empresários tinham no começo do ano em relação ao novo governo e na sua capacidade de aprovar a reforma da Previdência. A avaliação é do professor de economia da FGV, Paulo Picchetti.
Em janeiro, o IACE havia avançado 2,9 pontos em relação a dezembro. Para Picchetti, elevação do primeiro mês foi o reflexo, naquele momento, da confiança depositado no governo que se iniciava e na esperança maior de que a reforma seria aprovada.
“O IACE captou estes dois momentos”, disse o economista, para quem estes movimentos serão precificado em breve pelo mercado financeiro.
“Fevereiro marca os desgastes iniciais do governo que se traduziram numa menor probabilidade de a reforma da Previdência passar”, reforçou o professor da FGV. De acordo com ele, pesou também para o recuo do IACE e seus componentes o mau desempenho dos indicadores de atividade correntes de janeiro, entre eles o de produção industrial e o de volume de serviços. Pela ordem, estes dois indicadores recuaram 0,80% e 0,30% em janeiro ante dezembro.
“Os empresários são muito sensíveis às variações destes indicadores de atividade correntes”, disse Picchetti.