O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 1,1 ponto na passagem de julho para agosto, para 76,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp cresceu 0,7 ponto.

+ IBGE mostra que emprego com carteira no setor privado aumentou em 213 mil vagas em 1 trimestre

“A queda do IAEmp nesse mês parece confirmar um cenário com maior oscilação para o indicador no segundo semestre do ano. A tendência ainda é favorável, mas o ritmo dessa melhora deve ser mais lento, em linha com as expectativas para o cenário econômico. Por mais que aumentem a quantidade de notícias favoráveis como a redução da taxa de juros, o maior controle da inflação, diminuição da incerteza, o impacto no mercado de trabalho não deve ser tão imediato. A melhora mais expressiva da atividade econômica, especialmente nos setores que mais empregam, é fundamental para recuperação mais consistente do mercado de trabalho”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante – quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

Em agosto, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram negativamente para o resultado. Os piores desempenhos no mês foram dos itens Situação Atual dos Negócios de Serviços, que contribuiu com -0,6 ponto, e Tendência dos Negócios da Indústria, também com -0,6 ponto.

Na direção oposta, houve contribuição positiva dos componentes Tendência dos Negócios de Serviços (+0,3 ponto), Situação Atual dos Negócios da Indústria (+0,2 ponto) e Emprego Previsto nos Serviços (+0,1 ponto).