O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 5 pontos em agosto na comparação com julho, para 108,5 pontos, devolvendo parte das quedas observadas nos quatro meses anteriores, informou nesta quinta-feira, 31, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador acumulava redução de 13,2 pontos nos últimos quatro meses.

“Após chegar ao menor nível desde 2017, a incerteza econômica sobe em agosto, motivada, principalmente, por ruídos externos. A alta ocorreu somente no componente de Mídia, com aumento notável de citações à incerteza em artigos sobre o nível de atividade econômica nos EUA e na China, as maiores economias do mundo, e sobre o ambiente econômico e político na vizinha Argentina, um dos maiores parceiros comerciais brasileiros”, avaliou a economista do Ibre/FGV, Anna Carolina Gouveia.

Segundo ela, o componente de Expectativas recuou pela segunda vez seguida, sugerindo uma menor incerteza sobre os cenários de inflação e juros para daqui a um ano no Brasil. “Será preciso aguardar o desenrolar dos próximos meses para entender se a alta desse mês se tornará uma tendência de alta da incerteza e levar o indicador de volta aos níveis insatisfatórios, superiores aos 110 pontos, observados nos últimos anos”, afirmou.

Em agosto, o componente de Mídia subiu 6,6 pontos, para 108,5 pontos, contribuindo positivamente com 5,8 pontos para a evolução do índice agregado.

O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, recuou 3,4 pontos, para 105,2 pontos, menor nível desde fevereiro deste ano (102,3 pontos), contribuindo negativamente com 0,8 ponto.