O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 1,6 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, para 111,7 pontos, após quatro meses de altas consecutivas, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

“A queda do IIE-Br em fevereiro foi motivada por ambos os componentes do indicador, mas não suficiente para levá-lo ao nível confortável de incerteza, abaixo dos 110 pontos. Até meados do mês, o componente de Mídia havia subido, motivado possivelmente pelos ruídos em torno da discussão sobre a meta de inflação e da política monetária do Banco Central. Posteriormente, porém, o indicador voltaria a ceder, influenciado pelas sinalizações por parte da equipe econômica de que o foco nas questões sociais pelo governo não deixaria de lado a necessidade de responsabilidade fiscal. A continuidade da convergência para níveis mais confortáveis no curto prazo dependerá do equilíbrio entre esses fatores”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.

O componente de Mídia caiu 1,0 ponto, para 112,8 pontos, contribuindo com -0,9 ponto para o IIE-Br mês. O componente de Expectativas diminuiu 3,7 pontos, para 102,3 pontos, menor nível desde janeiro de 2022, contribuindo com -0,7 ponto para o índice de fevereiro.

A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.