O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 0,1 ponto na passagem de outubro para novembro, para 112,1 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). “Pelo segundo mês consecutivo, o IIE-Br ficou praticamente estável, pouco acima do nível confortável de incerteza (inferior aos 110 pontos). A estabilidade e manutenção do indicador em patamar elevado reflete o cenário de desaceleração econômica para o fim do ano e as incertezas em relação ao direcionamento da política econômica do próximo governo.

Durante o mês, o IIE-Br chegou a subir a 114 pontos, influenciado por incertezas no âmbito político e fiscal, voltando a ceder no fim do mês.

Diante da conjuntura doméstica ainda desafiadora e do desenrolar da transição de governo, o Indicador de Incerteza deverá oscilar em patamar elevado até o final do ano”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.

O componente de Mídia subiu 0,3 ponto em novembro, para 112,6 pontos, contribuindo com 0,3 ponto para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas recuou 0,7 ponto, para 105,1 pontos, com contribuição negativa de 0,2 ponto para o indicador.

A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.