A confiança caiu em 21 setores da indústria, de um total de 29, e cresceu em outros oito em setembro. É o que mostra a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) por setor, divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento mostra que os setores Veículos automotores, Serviços especializados para a construção, Produtos de material plástico, Móveis e Produtos de metal passaram de um patamar de confiança em agosto para falta de confiança em setembro.

Por outro lado, a confiança aumentou nos setores de manutenção e reparação, máquinas e materiais elétricos, madeira, impressão e reprodução, máquinas e equipamentos, celulose e papel, couros e artefatos de couro e calçados e suas partes.

Segundo o economista da CNI, Marcelo Azevedo, em agosto, a confiança da indústria reagiu de forma positiva ao início da queda de juros, mas, destaca, os juros continuam elevados com efeitos negativos sobre a atividade econômica e o crédito. “A queda da confiança foi disseminada e intensa não só pela piora da percepção em relação ao momento da economia como pela expectativa pelos próximos seis meses”, explica.

A pesquisa revela que a confiança da indústria recuou em todas as regiões do Brasil em setembro. A queda foi mais acentuada nas regiões Centro-Oeste (-2,9 pontos), Norte (-2,5 pontos) e Nordeste (-2,2 pontos). Nas regiões Sudeste e Sul os recuos foram de 1,3 e 1,2 ponto, respectivamente. Mesmo com a queda no índice de confiança, com exceção da região Sul, todas as demais seguem confiantes.

O índice de confiança por porte de empresa mostra que a confiança da pequena indústria caiu 2,3 pontos em setembro e passou de 52,2 pontos para 49,9 pontos. O indicador varia de zero a 100, sendo números abaixo de 50 indicam falta de confiança. O índice também recuou para 1,8 ponto para médias indústrias e 1,5 ponto para as grandes. Apesar desse movimento, o Icei segue acima de 50 pontos nesses segmentos, o que indica que elas seguem confiantes.

A pesquisa foi feita entre os dias 1º e 13 de setembro e foram consultadas 1.988 empresas, sendo 778 de pequeno porte, 719 de médio porte e 491 de grande porte.