O índice de evolução da produção industrial recuou em setembro, para 48,8 pontos. O dado é da Sondagem Industrial divulgada nesta sexta-feira, 18, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em agosto, o indicador era de 52,2 pontos.

Ao cair abaixo dos 50 pontos, o índice revela queda na produção industrial em setembro, na comparação com agosto. Segundo a CNI, este é primeiro recuo da produção, após dois meses de alta.

Pela metodologia da pesquisa, os indicadores variam de zero a 100, sendo que valores abaixo de 50 indicam recuo e acima, avanço.

Segundo o levantamento, houve queda da produção nas pequenas, médias e grandes empresas. Esse recuo foi também generalizado entre as regiões. A única exceção foi a região Centro-Oeste, que apresentou estabilidade da produção (50 pontos).

Já o índice de evolução do número de empregados atingiu 51,1 pontos em setembro, ante 50,7 pontos em agosto. Ao se situar acima da linha dos 50 pontos, o indicador aponta que houve aumento do emprego industrial de agosto para setembro. De acordo com a CNI, esse é o terceiro mês consecutivo em que há alta do emprego industrial.

“Esse avanço foi puxado pelas indústrias de médio e grande porte, uma vez que houve recuo do emprego industrial nas empresas de pequeno porte”, destaca a pesquisa. O avanço do indicador também foi visto em todas as regiões, exceto no Sudeste, onde o emprego industrial se manteve estável em setembro.

A Sondagem também mostrou que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) se manteve estável em setembro, em 72%, mesmo porcentual registrado em agosto. Com isso, a UCI ficou um ponto porcentual acima da média dos meses de setembro da série histórica. Segundo o levantamento, esse é o sexto mês consecutivo que a UCI se mantém acima da média histórica. No resultado por região, houve recuo na UCI nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas avanço na região Nordeste e estabilidade no Norte.

Já o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação à usual atingiu 45,8 pontos em setembro, um recuo de 0,4 ponto frente a agosto. De acordo com a Sondagem, a queda foi puxada pelos recuos nos índices para as empresas de pequeno e médio porte. O índice para as grandes empresas registrou avanço.

O indicador que mede a evolução do nível de estoques ficou em 49,2 pontos em setembro, abaixo da linha dos 50 pontos, revelando que houve redução no volume de estoques em relação a agosto. “Na passagem de agosto para setembro o índice ainda se afastou da linha divisória do indicador, sinalizando uma redução mais intensa e disseminada entre os setores do que a observada na passagem de julho para agosto.”

O índice que mede o estoque efetivo em relação ao usual ficou em 49,2 pontos em setembro, um avanço de 0,7 ponto frente ao índice de agosto. Também abaixo da linha divisória do indicador, o índice do mês revela que os estoques permanecem em nível inferior ao planejado pelos empresários industriais.

A Sondagem foi feita entre os dias 1º e 10 de outubro, com 1.579 empresas, sendo 634 pequenas, 569 médias e 376 grandes.