A Fundação Getúlio Vargas (FGV) lançou nesta terça-feira números de seu novo Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR). Ele registrou aumento de 0,66% em dezembro e desacelerou em relação a novembro, quando subiu 0,79%.

Na comparação com os últimos 12 meses, no entanto, houve um recuo de 0,61% o que, na avaliação do pesquisador da Fundação e responsável pela metodologia do IVAR, Paulo Picchetti, se explica pela recessão econômica no país. 

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“O setor imobiliário foi profundamente afetado pelos efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho. O desemprego elevado sustentou negociações entre inquilinos e proprietários que resultaram, em sua maioria, em queda ou manutenção dos valores dos aluguéis, contribuindo para o recuo da taxa anual do índice”, disse em nota. 

Como funciona o novo índice

O IVAR foi lançado oficialmente nesta terça-feira (11). Ele será calculado de acordo com dados coletados de contratos assinados por inquilinos e locatários no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.

“O índice utiliza valores negociados dos aluguéis em vez de dados de anúncios como base de cálculo. Fazem parte dados como os valores dos contratos novos e dos reajustes de contratos existentes, além das características de cada imóvel”, disse a FGV em nota.

Apesar disso, de acordo com o diretor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, André Braz, em entrevista ao site 6 minutos, o novo índice não significa o fim do IGP-M.