29/09/2015 - 18:28
A Bolsa de Nova York fechou nesta terça-feira, 29, com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones e o S&P-500 em leve alta (depois de cinco sessões consecutivas de quedas) e o Nasdaq em baixa.
Ao longo da sessão, os três índices oscilaram várias vezes entre os territórios positivo e negativo, em meio a preocupações sobre a economia global e sobre a perspectiva da política monetária do Federal Reserve. Traders disseram que as ações do setor de biotecnologia ensaiaram uma recuperação, depois de quedas fortes ao longo da última semana; ações do setor de consumo recuaram, apesar de o índice de confiança do consumidor ter superado a expectativa.
“As pessoas estão fazendo um pouco de compras. Estamos vendo boas ordens de compra em nossa mesa”, disse Michael Antonelli, da corretora Robert W. Baird.
O índice de confiança do consumidor da Conference Board subiu a 103,0 em setembro, de 101,3 em agosto; economistas previam 97,0 em setembro. O índice de preços de imóveis residenciais S&P/Case-Shiller para 20 cidades subiu 5,0% em julho, em comparação com o mesmo mês de 2014; economistas previam uma elevação de 5,1%. O índice de preços nacional subiu 4,7% no ano, após uma alta de 4,5% em julho.
As Bolsas voltaram a recuar na Europa, depois de terem registrado fortes quedas nesta segunda-feira, sob pressão das ações dos setores automotivo e de mineração, em meio à crise financeira na mineradora Glencore e ao escândalo da Volkswagen (Londres -0,83%, Frankfurt -0,35%); na Ásia, as Bolsas também caíram (Xangai -2,02%, Tóquio -4,05%, Hong Kong -2,97%). Os preços do petróleo subiram e o dólar recuou diante do iene, do euro e do franco suíço; os juros dos títulos do Tesouro dos EUA voltaram a cair.
“Eventos individuais estão ganhando dimensão em um cenário muito negativo para a confiança. Quando os mercados estão num clima frágil, tudo é má notícia”, disse Michael Stanes, da Hartwood Investment Management. O estrategista-chefe do Goldman Sachs para ações norte-americanas, David Kostin, rebaixou sua expectativa para o S&P-500 para o fim deste ano para 2.000 pontos, de 2.100 pontos na previsão anterior.
Para o estrategista Dan Greenhaus, da BTIG, “o ambiente está sendo dominado por fatores macro neste momento. China, Brasil, os números do próximo ‘payroll’, o Fed, o noticiário sobre os preços de medicamentos… Do ponto de vista dos fundamentos, não há muito a que as pessoas possam se agarrar, pelo menos até o início da temporada de divulgação de balanços”.
As ações da Apple caíram 3,01%, depois de o CEO da empresa, Tim Cook, dizer que a receita da companhia com negócios corporativos alcançou US$ 25 bilhões nos 12 meses até junho. As da Yahoo subiram 2,39%, depois de a empresa confirmar que vai separar sua participação remanescente na chinesa Alibaba. Outras ações do setor de tecnologia caíram, como PayPal (-5,02%) e Facebook (-2,85%); as da Google, que lançou dois novos modelos de smartphone, subiram 0,01%. No setor de biotecnologia, o fundo iNasdaq Biotechnology ETF chegou a subir 8,6%, mas chegou ao fim da sessão em baixa de 0,7%, depois de ter acumulado uma queda de 14% entre o início de setembro e ontem.
O índice Dow Jones fechou em alta de 47,24 pontos (0,30%), em 16.049,13 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 26,65 pontos (0,59%), em 4.517,32 pontos. O S&P-500 fechou em alta de 2,32 pontos (0,12%), em 1.884,09 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.