A indústria brasileira mostrou manutenção da trajetória de expansão do emprego e do número de unidades produtivas em 2023, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA) – Empresa e Produto, divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2023, o País alcançou um recorde de 376,7 mil unidades industriais com pelo menos uma pessoa ocupada, o equivalente a uma abertura de 30,3 mil empresas em apenas um ano.

Houve melhora também no emprego, pelo quarto ano consecutivo: na passagem de 2022 para 2023, a indústria criou 241,8 mil vagas.

O número de ocupados subiu a 8,526 milhões de pessoas, sendo 239,9 mil delas nas indústrias extrativas e outras 8,3 milhões nas indústrias de transformação.

O emprego industrial encerrou 2023 com 910,9 mil vagas a mais do que 2019, no pré-pandemia. No entanto, o resultado ainda não superou os anos anteriores de enxugamento de postos de trabalho. O número de ocupados no setor ainda é 272,8 mil vagas inferior ao de uma década atrás.

No ano de 2023, os trabalhadores industriais receberam R$ 446,0 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O salário médio pago na indústria foi de 3,1 salários mínimos.

A receita líquida de vendas somou R$ 6,5 trilhões em 2023, R$ 6,0 trilhões provenientes das Indústrias de transformação e R$ 457,7 bilhões das extrativas. Foram gerados R$ 2,4 trilhões em Valor de Transformação Industrial (VTI), sendo R$ 2,1 trilhões provenientes das indústrias de transformação e R$ 274,7 bilhões das extrativas.

A distribuição regional do valor de transformação industrial aponta que, em 2023, a Região Sudeste concentrou 60,9% do valor gerado pela indústria brasileira. A segunda posição no ranking foi ocupada pela Região Sul (18,7%), seguida pelas Regiões Nordeste (8,2%), Norte (6,2%) e Centro-Oeste (6,1%).