12/01/2022 - 20:40
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) e a dolarização do patrimônio podem ser alternativas para quem procura investir e não quer o rendimento da caderneta de poupança devido a inflação, fechada em 10,06%, em 2021. O CDB é um empréstimo de dinheiro para a instituição bancária em troca de uma taxa de rentabilidade.
O analista financeiro e CEO da Vallus Capital, Caio Mastrodomenico, disse que o CDB é uma boa opção para o investidor que precisa de segurança e o dinheiro disponível a qualquer hora.
“Historicamente a poupança se torna um investimento ruim quando os números de inflação acumulam expressivamente, como agora. Hoje existem bancos digitais que estão pagando 14% ao ano no CDB. Comparado com a poupança, o CDB é uma excelente opção para quem precisa de liquidez e segurança em investimentos de pequeno porte”, explicou Caio.
+ Brasil sofre goleada da inflação
A caderneta de poupança teve um rendimento negativo de 6,37% em 2021. De acordo com o Banco Central, os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 35,4 bilhões. Em 2021, os brasileiros depositaram R$ 3,410 trilhões e sacaram R$ 3,445 trilhões.
Para o investidor no mercado imobiliário americano, Leandro Sobrinho, diversificar o patrimônio e os investimentos vai além de ter ações na bolsa, imóveis alugados e previdência privada. De acordo com ele, dolarizar os investimentos não é difícil porque o brasileiro tem uma certa intimidade com a moeda americana e olha para os Estados Unidos com mais entusiasmo do que para os mercados europeus.
Segundo Sobrinho, o investidor pode comprar dólar, que tem correção de capital, e potencializar os ganhos com investimentos conservadores ou imobiliários. “Nos últimos cinco anos acumulamos, no Brasil, uma inflação de 66%. No mesmo período, o dólar valorizou mais de 70%”, defende o investidor.
Para Sobrinho, o brasileiro está exposto a um mercado emergente e enfrenta inflação, questões políticas e reformas. “Esse mesmo brasileiro pode ter uma parte de investimentos dolarizada num país de economia forte”, argumenta.