FRANKFURT (Reuters) – A inflação na zona do euro atingiu um novo recorde este mês, em linha com o esperado, em uma leitura desconfortável para os formuladores de políticas do Banco Central Europeu, já preocupados com a possibilidade de o rápido crescimento dos preços se consolidar, criando uma espiral de preços e salários difícil de interromper.

A inflação no bloco monetário de 19 países subiu para 7,5% em abril, ante 7,4% em março, em linha com as expectativas, impulsionada por um aumento persistente nos preços de energia e alimentos, mostraram dados da agência de estatísticas da União Europeia Eurostat nesta sexta-feira.

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Embora os custos voláteis de energia tenham tido a maior contribuição, a taxa de inflação de energia na verdade diminuiu em relação a março, enquanto o crescimento dos preços de alimentos, serviços e bens industriais não energéticos acelerou ainda mais, sugerindo que a inflação está se tornando cada vez mais ampla.

Os preços subjacentes, que filtram os preços voláteis de energia e alimentos, também aumentaram, elevando as preocupações do BCE de que a inflação alta pode ser difícil de vencer e que uma luta de quase uma década com o crescimento ultrabaixo dos preços acabou.

A inflação excluindo os preços de alimentos e combustíveis, observada de perto pelo BCE, subiu de 3,2% para 3,9%, enquanto uma medida mais restrita, que também exclui produtos de álcool e tabaco, saltou de 2,9% para 3,5%. Ambos os números ficaram bem acima das expectativas.

(Por Balazs Koranyi)

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