A inflação de serviços – usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços – passou de um aumento de 0,25% em julho para uma alta de 0,08% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Já os preços de itens monitorados pelo governo saíram de uma elevação de 0,46% em julho para aumento de 1,26% em agosto.

No acumulado em 12 meses, a inflação de serviços passou de 5,63% em julho para 5,43% em agosto, a menor desde janeiro de 2022, quando estava em 5,09%, apontou André Almeida, analista do IBGE.

Já a inflação de monitorados em 12 meses saiu de 3,64% em julho para 7,69% em agosto.

“Houve nova desaceleração na inflação de serviços em 12 meses”, ressaltou Almeida. “O que a gente tem observado é uma desaceleração gradual do índice de serviços em 12 meses. Na série histórica, tem apresentado desaceleração desde o ano passado.”

Segundo Almeida, com a redução da taxa de desocupação e a expansão no número de pessoas trabalhando, a inflação de serviços acumulada em 12 meses permanece ainda acima do IPCA geral. Porém, as pressões sobre a inflação têm sido exercidas por itens monitorados pelo governo.

“O maior impacto no IPCA tem sido dos monitorados nos últimos meses: energia elétrica, gasolina. Isso tem a ver mais com uma inflação de monitorados do que uma inflação de demanda propriamente, de serviços”, afirmou o analista do IBGE. “A gente ainda tem inflação de serviços nos últimos 12 meses acima da inflação geral, mas o que a gente tem visto de impacto e contribuição do índice tem sido mais de monitorados.”