A inflação de serviços – usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços – desacelerou de 0,62% em junho para 0,25% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Já os preços de itens monitorados pelo governo aceleraram de 0,05% em junho para 0,46% em julho.

No acumulado em 12 meses, a inflação de serviços passou de 6,21% em junho para 5,63% em julho. “Houve um pico recente em julho de 2022, de 8,87%, desde então, de modo geral, temos observado uma desaceleração dessa taxa mês a mês. A exceção foi a passagem de janeiro para fevereiro”, apontou o analista André Guedes, gerente do IPCA no IBGE, em coletiva após a divulgação do índice.

Já os monitorados, em 12 meses, saíram de deflação de 1,32% em junho para alta de 3,64% em julho.

Energia elétrica

A energia elétrica residencial recuou 3,89% no IPCA de julho e, com isso, apresentou a maior contribuição negativa sobre o índice no mês, de 0,16 ponto porcentual – em oposição à gasolina (4,79%), que teve o maior impacto positivo sobre a inflação do mês, com 0,23 ponto porcentual.

O recuo de energia ocorreu em 15 das 16 regiões analisadas pelo IBGE, e refletiu a incorporação do bônus de Itaipu, de acordo com o analista André Guedes. A única região a registrar alta do item no mês foi Curitiba (3,53%) por um reajuste tarifário, ainda seguindo Guedes.

A queda da energia elétrica puxou a deflação de 1,01% do grupo Habitação. Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,18% em julho, refletindo um reajuste realizado em uma das concessionárias em Porto Alegre.