09/10/2025 - 13:28
Os preços de alguns alimentos ainda continuam com um peso forte sobre a inflação. Limão (+37,09%), melão (+19,82%), maracujá (+14,23%) e pimentão (+14,01%) foram os itens que mais se valorização em setembro, dentro do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Mas não foram apenas alguns itens do grupo de alimentos que mantiveram a trajetória de alta de preços em setembro. A energia elétrica residencial registrou um aumento de 12,17%. O item é um dos mais relevantes na composição da inflação, exatamente por ser essencial e não haver um substituto imediato.
No acumulado dos últimos 12 meses, os alimentos lideram as maiores altas e continuam pressionando o governo na tentativa de controlar a inflação. Dos cinco itens que mais subiram no acumulado do período, quatro são da categoria alimentos – abobrinha (64,73%), café moído (59,45%), pimentão (50,59%) e limão (30,58%).
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E a picanha?
Famosa por aparecer nos discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua campanha, a picanha é o corte que acumula a menor alta entre os cortes de carne ao longo dos últimos 12 meses. No período, os preços da peça registram valorização de 12,22%.
O percentual é inferior a cortes como acém (+27,19%), peito (+25,68%) e capa de filé (+24,37%), que subiram bem mais nos últimos 12 meses. Em setembro, aliás, os preços da picanha caíram 1,17%. Esse foi o terceiro mês consecutivo de queda nos preços da picanha, algo que não ocorria desde o primeiro semestre do ano passado.
Inflação das joias dispara em 12 meses
Um item que chama atenção entre os cinco que mais acumulam valorização nos últimos 12 meses são as joias. O produto apresenta uma alta acumulada de 28,8%, segundo os dados do IBGE, e fecha o Top 5 dos que mais subiram no período.
A inflação oficial do Brasil avançou 0,48% no mês passado, depois de ter recuado 0,11% em agosto. No ano, o IPCA acumula alta de 3,64% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,17%, acima dos 5,13% dos 12 meses imediatamente anteriores.