Em meio a fortes indícios de que o Brasil pode viver retrocessos nas questões sociais nos próximos quatro anos com a eleição de Senadores e Deputados Federais publicamente contrários à agenda, finalmente uma boa notícia. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) acaba de lançar uma métrica que ajudará os executivos a identificarem, monitorarem e avaliarem como a inclusão é praticada dentro das empresas que administram. A ferramenta ocupará uma lacuna para a qual ainda não havia solução até agora: dar mais transparência às ações e aos resultados de programas de diversidade que compõem o pilar ‘S’ do ESG, o de responsabilidade social.

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De acordo com a Coordenação Geral de Acreditação da entidade, a ferramenta batizada de Escala Cidadão Olga Kos (ECOK) possui cinco variáveis, 20 indicadores e 37 requisitos. Esse conjunto de métricas avaliará o quanto a empresa é inclusiva aos grupos minoritários. Avaliará também se o ambiente de trabalho está adaptado a todos os tipos de diferenças, sejam elas de gênero, idade, necessidades especiais, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual ou qualquer outro fator de exclusão.

Empresas interessadas devem primeiramente conhecer o manual do ECOK e depois buscar a ICV BRASIL, organismo associado à Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), e a única certificadora em processo de acreditação aprovada junto ao Inmetro. “A empresa solicita a certificação e mandamos um formulário para preenchimento”, explicou a CEO da ICV BRASIL, Suzete Schipa Suzuki. “Em seguida, determinamos a quantidade de dias para a auditoria e enviamos uma proposta comercial”, afirmou.

Detalhe adicional, somente conseguirá o certificado aquelas que alcançarem o último nível de conformidade que estão divididos em quatro: Potencial Inclusivo Latente (duas estrelas), Potencial Inclusivo Emergente (três estrelas), Orientação Inclusiva (quatro estrelas) e Plenamente Inclusiva (cinco estrelas). Os demais níveis receberão um selo do próprio Instituto Olga Kos.