29/07/2022 - 23:37
O Instagram está avisando aos usuários que vai começar a solicitar informações sobre raça e etnias. Os dados recolhidos vão fazer parte de um estudo sobre o tema. Vão ser encriptados e não poderão ser ligados ao perfil dos usuários, garante a empresa.
Como explica a rede social, o objetivo é compreender melhor como as diferentes comunidades são afetadas pela plataforma. A iniciativa aplica-se apenas aos Estados Unidos, pelo menos por enquanto, e a um grupo de usuários que a empresa vai selecionar, como amostra para este estudo.
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Num vídeo compartilhado no Twitter, o CEO Adam Mosseri explicou a medida. “Se quisermos garantir que o Instagram seja justo e equitativo como experiência, precisamos de compreender como está a ser acolhido por diferentes comunidades”.
Na informação compartilhada, a rede social do grupo Meta também explica que as pessoas selecionadas para participar na pesquisa podem optar por ficar fora dela. Os que decidirem participar têm a garantia de não passar a ver a experiência na plataforma afetada pelas respostas dadas no inquérito.
As respostas dos usuários serão encriptadas e distribuídas entre os parceiros de análise, através de algoritmos que definem quem vai guardar o quê e que garantem a impossibilidade de associar as respostas, aos usuários que as deram. As respostas aos questionários em si serão apagadas ao fim de 30 dias.
Os selecionados vão ver uma etiqueta YouGov no mural que, uma vez seguida, conduz a um inquérito. Os dados recolhidos vão ser analisados por investigadores da Universidade do Sul do Texas, Universidade Central da Flórida, Texas Southern University, University of Central Florida, Universidade do Nordeste e Oasis Labs.
A promessa de combate à discriminação é antiga na Meta, que tem sido alvo de várias críticas sobre o esforço efetivo da empresa para combater os discursos de ódio e a desinformação nas suas plataformas, nomedamente, contra minorias.
A pressão para mais medidas contra estes fenómenos subiu de tom, depois da divulgação dos chamados Facebook Papers. O caso revelou documentos internos da empresa, com indícios de que a rede social dava prioridade ao lucro, em detrimento de medidas para combater discursos de ódio e desinformação.
Entretanto no Instagram, há um esforço de afastamento em relação a estas acusações. Como lembra o CEO da empresa no vídeo publicado no Twitter, a explicar esta nova iniciativa, a rede social tem desde 2020 uma equipa específica para assegurar um desenvolvimento justo e não discriminatório de produtos. Esta equipa também revê tags e faz curadoria de conteúdos, para assegurar que cada comunidade tem a melhor experiência possível com a plataforma, destacou também Adam Mosseri.