20/02/2002 - 7:00
Ela surgiu como um detalhe em carros de jovens endinheirados. Depois, virou instrumento de privacidade para motoristas que queriam circular pelas ruas das grandes cidades sem serem vistos. Afinal, do lado de fora, não se enxerga direito quem está dentro do veículo. Agora, a película de poliéster que reveste vidros de carro ? conhecida como insulfilme ? vai definitivamente virar uma arma contra a violência: ela ganhou tecnologia para proteger o motorista contra furto e até contra tiros de calibre 45. O produto está sendo lançado por cerca de R$ 1 mil e promete uma semi- blindagem do vidro. Quem está por trás dessa novidade é a Insulfilm do Brasil que, há 20 anos, trouxe a película de vidro para o País e criou uma verdadeira febre no final dos anos 80. ?Agora vamos duplicar nosso faturamento que, no ano passado, foi de R$ 6,3 milhões?, diz o presidente da empresa, Francisco Fino. A novidade não vai apenas tentar alavancar as receitas da Insulfilm do Brasil. O objetivo é blindar a empresa contra os ataques da concorrência.
Desde que passou a comercializar as películas, que deixavam os vidros escuros, a Insulfilm virou sinônimo do produto que vende. O que poderia ser o sonho de qualquer empresa virou um pesadelo. A marca foi bombardeada por centenas de indústrias piratas que, hoje, detêm 70% do setor ? um mercado estimado de US$ 7 milhões. ?Houve uma invasão de produtos de origem duvidosa e isso afetou nossa credibilidade?, diz Fino. ?Tivemos que mandar advogados ao Procon para responder a processos que não são nossos.? Além do prejuízo de imagem, a concorrência com películas de outras marcas fez com que o faturamento da Insulfilm caísse 75% desde 1998.
Março foi o mês escolhido para a virada da companhia. A empresa inaugura a primeira loja modelo, no bairro da Lapa, em São Paulo, e de lá vai partir para um sistema de franquias. O objetivo é abrir quatro novas lojas ao mês, perfazendo um total de 1 mil pontos-de-venda até o final do ano. Além disso, a expectativa é que as vendas do produto dobre com o lançamento das películas antifurto e anti-seqüestro. ?O insulfilme não é totalmente à prova de tiros, mas segura até três balas calibre 45 por metro quadrado de vidro?, garante o presidente da Insulfilm do Brasil, que vem trabalhando há dois anos no desenvolvimento deste produto. A vantagem é o preço: varia de R$ 1 mil a R$ 3 mil, bem menos do que custaria uma blindagem tradicional.
Elemento-surpresa. Introduzida no País há 20 anos, a película que deixa vidros de carros escuros foi proibida em 1990, sob a alegação de que funcionava como ?refúgio? para marginais. Mas foi liberada pela Justiça em novembro de 1998, depois de muita insistência dos empresários do setor, que garantiam que ela era também uma proteção para os motoristas contra a onda de insegurança. Hoje, existe uma transparência permitida pelo governo ? de 50% nos vidros traseiros e 70% no dianteiro. Mesmo para quem não pode gastar muito com um produto resistente a tiros, a película já ajuda. A idéia é que, de fora, ninguém sabe se o motorista está sozinho ou acompanhado. Isso faz com que os assaltantes evitem se aproximar de carros com vidros pretos. ?Com a película, você cria um elemento-surpresa?, explica Fino. ?Não há nenhum índice comprovado, mas a incidência de assaltos e furtos cai mais de 50%.? Tudo isso por menos de R$ 300.
A movimentação da empresa vem em boa hora. Desde o seqüestro do empresário Washington Olivetto ? que foi pego por bandidos quando saía de seu escritório em Higienópolis, zona sul de São Paulo ?, a procura pelo produto cresceu 30%. Calcula-se ainda que o mercado, que em 2001 movimentou US$ 10 milhões no Brasil, deva crescer outros 50% este ano. Tudo isso deve fazer com que a empresa volte ao seu período de glória. ?Nos primeiros 12 meses de vida da empresa, eu vendi US$ 300 mil no Brasil, três vezes mais do que a matriz americana tinha traçado de meta?, conta o presidente. A empresa selava cinco carros por dia. A euforia era tanta que, em 1986, a Insulfilm começou a produzir as películas no Brasil e tornou-se independente da companhia norte-americana. No mesmo ano, abriu 3 mil lojas de aplicação espalhadas em todo o Brasil. Abriu também filiais no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Recife, Goiânia, Buenos Aires e Miami. Por causa da pirataria, todas acabaram fechadas. Apenas o insulfilme blindado pode derrubar a concorrência.
Elemento-surpresa. Introduzida no País há 20 anos, a película que deixa vidros de carros escuros foi proibida em 1990, sob a alegação de que funcionava como ?refúgio? para marginais. Mas foi liberada pela Justiça em novembro de 1998, depois de muita insistência dos empresários do setor, que garantiam que ela era também uma proteção para os motoristas contra a onda de insegurança. Hoje, existe uma transparência permitida pelo governo ? de 50% nos vidros traseiros e 70% no dianteiro. Mesmo para quem não pode gastar muito com um produto resistente a tiros, a película já ajuda. A idéia é que, de fora, ninguém sabe se o motorista está sozinho ou acompanhado. Isso faz com que os assaltantes evitem se aproximar de carros com vidros pretos. ?Com a película, você cria um elemento-surpresa?, explica Fino. ?Não há nenhum índice comprovado, mas a incidência de assaltos e furtos cai mais de 50%.? Tudo isso por menos de R$ 300.
A movimentação da empresa vem em boa hora. Desde o seqüestro do empresário Washington Olivetto ? que foi pego por bandidos quando saía de seu escritório em Higienópolis, zona sul de São Paulo ?, a procura pelo produto cresceu 30%. Calcula-se ainda que o mercado, que em 2001 movimentou US$ 10 milhões no Brasil, deva crescer outros 50% este ano. Tudo isso deve fazer com que a empresa volte ao seu período de glória. ?Nos primeiros 12 meses de vida da empresa, eu vendi US$ 300 mil no Brasil, três vezes mais do que a matriz americana tinha traçado de meta?, conta o presidente. A empresa selava cinco carros por dia. A euforia era tanta que, em 1986, a Insulfilm começou a produzir as películas no Brasil e tornou-se independente da companhia norte-americana. No mesmo ano, abriu 3 mil lojas de aplicação espalhadas em todo o Brasil. Abriu também filiais no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Recife, Goiânia, Buenos Aires e Miami. Por causa da pirataria, todas acabaram fechadas. Apenas o insulfilme blindado pode derrubar a concorrência.