A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira, 11, dois integrantes de uma quadrilha que vendia pornografia infantil na internet. A ação ocorre dias após o influenciador Felca publicar um vídeo denunciando esse tipo de crime. Conhecido pelo conteúdo humorístico, ele resolveu fazer a denúncia após observar o crescimento de conteúdos de pedofilia nas redes sociais.

A operação “NIX – Oculus Legis” investiga criminosos que agem em plataformas digitais. Nesta fase da operação, deflagrada por meio do Núcleo de Observação e Análise Digital (NOAD), também foram cumpridos três mandados de internação de adolescentes e 14 de busca e apreensão em São Paulo e também nos Estados de Pernambuco, Paraná e Paraíba.

Uma pessoa foi detida na zona sul da cidade de São Paulo, enquanto outra foi presa em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior paulista. “Os outros mandados foram cumpridos em João Pessoa (PB), Maringá (PR) e Camaragibe (PE)”, disse a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo.

As identidades dos suspeitos não foram reveladas, desta forma as defesas não foram localizadas.

Conforme a SSP, os alvos da operação realizada nesta segunda-feira também são responsáveis por invasão de sites governamentais e inserção de dados falsos. O inquérito investiga o grupo por lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Grupo agia como organização criminosa e ameaçava autoridades

A investigação descobriu que o grupo operava como organização criminosa, comercializando pornografia infantil online e ameaçando autoridades.

“Esses indivíduos precisam entender que a internet não é terra sem lei. O núcleo que criamos na SSP tem uma equipe que está fazendo um trabalho inédito no país para investigar e responsabilizar criminosos que antes se escondiam no anonimato da internet. O fato das autoridades receberem ameaças mostra que nosso trabalho está incomodando, e não vamos parar”, afirmou, por meio de nota, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Conforme a SSP, eles fizeram ameaças a autoridades ligadas ao NOAD, após ações anteriores que prenderam importantes lideranças do grupo que agia dentro da plataforma Discord, praticando estupros virtuais, automutilações e indução ao suicídio de vítimas.