Em termos de inovação e tecnologia, o Brasil paga o preço hoje por não ter investido o suficiente em educação e tecnologia durante o ciclo de commodities, quando a economia do país era robusta. A análise é da head de research da Investo, Raquel Zucchi, que falou sobre o tema em um painel sobre inovação e inteligência artificial.

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“Tivemos aquela capa da Economist com o Cristo Redentor decolando. Nós crescemos de fato, mas o crescimento estava ancorado em fundamentos insustentáveis, que eram cíclicos, e nós não fizemos a lição de casa na época das vacas gordas, não investimos o suficiente em tecnologia, educação e inovação e hoje nós pagamos o preço”, disse a especialista durante painel no Encontro Anual Sobre Índices e ETFs no Brasil 2024, evento da S&P Dow Jones Índices que ocorre em São Paulo nesta quinta-feira, 7.

Segundo a especialista, esse cenário ‘dificultou a capacidade do Brasil captar inovações’.

Além disso, destacou que atualmente o crescimento econômico do Brasil ainda tem vínculos com o volume de estímulos do governo e do crescimento populacional – o que considera ser um problema, já que o Brasil não cresce tanto e ‘é um dos países que mais envelhece rápido na América Latina’.

Gabriel Barca, especialista em produtos do BTG Pactual Asset Management, endossou a fala citando que “o trem já passou”, mas citou que as empresas brasileiras tem boas oportunidades em se tratando de integração de inteligência artificial (IA).

“Quando a empresa é de ponta, bem administrada e vemos isso [Inteligência artificial] ser integrado na produção de commodities, tem muito a se ganhar em termos de produtividade. Acho que esse é o pote de ouro que as empresas podem buscar quando se fala de inovação“, disse Barca durante o painel.