04/06/2025 - 11:12
O investidor estrangeiro, que alocou relativamente poucos recursos na bolsa brasileira, fez a maior injeção de capital em um único mês desde dezembro de 2019 neste mês de maio, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria.
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O aporte feito pelo investidor estrangeiro na bolsa de valores brasileira em maio deste ano foi de R$ 10,66 bilhões. Em dezembro de 2019 o aporte pelo estrangeiro havia sido de R$ 17,65 bilhões.
Nesse contexto, o Ibovespa quebrou recordes por sucessivas vezes, renovando a máxima histórica e ultrapassando pela primeira vez na história o patamar de 140 mil pontos.
Esse saldo líquido de R$ 10,6 bilhões de maio de 2025 leva em consideração tanto negociações no mercado secundário quanto operações como IPOs e Follow-Ons.
Se forem desconsideradas as captações primárias, o movimento segue consistente. O saldo líquido só com compras e vendas de ações no mercado secundário ficou em R$ 10,58 bilhões em maio, superando todos os meses dos últimos cinco anos.
Na prática, o investidor estrangeiro retomou as compras de papéis locais em volume elevado.
Volume de operações também mostra volta do investidor estrangeiro
O volume financeiro das operações também reflete esse comportamento. Em maio, as compras feitas por investidores internacionais totalizaram R$ 327 bilhões, a maior marca desde agosto de 2024, que havia registrado R$ 339,8 bilhões.
É o segundo mês seguido de crescimento nesse indicador, após os R$ 272,2 bilhões de março.
Do outro lado, as vendas caíram ligeiramente em relação a abril. O volume vendido em maio ficou em R$ 316,4 bilhões, contra R$ 323,4 bilhões no mês anterior. Com isso, além de aumentar as compras, os estrangeiros reduziram a intensidade das saídas.
Considerando o acumulado de 2025, o saldo de aportes pelo investidor estrangeiro na bolsa soma R$ 21,52 bilhões, incluindo ofertas públicas. Esse valor contrasta com o movimento de 2024, ano que fechou com retirada líquida de R$ 24,2 bilhões. Excluindo IPOs e Follow-Ons, o saldo no ano está em R$ 21,09 bilhões, revertendo o resultado negativo de R$ 32,1 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.